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Evo Morales ameaça bloquear estradas caso seja preso pela Justiça boliviana

O ex-presidente boliviano Evo Morales ameaçou neste sábado bloquear estradas no país se a Promotoria emitir uma ordem de prisão contra ele e proceder com sua detenção.

Temos que nos mobilizar. Possivelmente, ilegalmente e injustamente podem me prender, mas vocês nunca serão detidos. Talvez tenham planos contra a nossa vida, mas o processo de mudança nunca vai acabar”, declarou o político durante um discurso para seus apoiadores em Sacaba, região central de Cochabamba, por ocasião do “Dia da Descolonização”.

Morales, que conta com o apoio de seus simpatizantes para enfrentar com mais força seu principal rival, o presidente Luis Arce, acrescentou que “o Pacto de Unidade e outras organizações sociais não estão erradas em convocar uma grande mobilização para que nos respeitem… O Governo tem a obrigação de respeitar o povo boliviano”, ao que o grupo respondeu afirmando que “se tocarem em Evo, tocam no povo”.

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O ex-mandatário está sendo investigado por tráfico de pessoas e estupro devido a uma denúncia feita semanas atrás. Uma jovem afirma que foi forçada a manter um relacionamento com ele quando era menor de idade, e que dessa relação teria nascido uma filha. O vínculo teria sido incentivado pelos pais da jovem, que, em troca, teriam recebido “favores” do então presidente.

Embora Morales, do Movimento ao Socialismo (MAS), tenha se distanciado das acusações, a Promotoria aceitou o caso e iniciou as investigações, para as quais ele foi convocado a prestar depoimento na sexta-feira. Morales considerou que sua vida estaria em risco se comparecesse ao Ministério Público e se declarou “perseguido político” pelo governo, optando por não se apresentar.

Desde então, o ex-presidente permanece cercado por seus apoiadores em sua base cocalera no Chapare, onde muitos desses grupos já organizam vigílias em protesto contra o que consideram uma manobra política com vistas às eleições presidenciais de 2025.

Embora Morales, do Movimento ao Socialismo (MAS), tenha se distanciado das acusações, a Promotoria aceitou o caso e iniciou as investigações, para as quais ele foi convocado a prestar depoimento na sexta-feira. Morales considerou que sua vida estaria em risco se comparecesse ao Ministério Público e se declarou “perseguido político” pelo governo, optando por não se apresentar.

Desde então, o ex-presidente permanece cercado por seus apoiadores em sua base cocalera no Chapare, onde muitos desses grupos já organizam vigílias em protesto contra o que consideram uma manobra política com vistas às eleições presidenciais de 2025.

“O que vai acontecer na Bolívia é grave. Não garantimos nada, estamos segurando as bases, e será responsabilidade do governo se houver insurgência e convulsão. Não vamos permitir que toquem, muito menos prendam Evo”, afirmou a liderança das Seis Federações do Trópico de Cochabamba.