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EUA temem ataque nuclear conjunto da China, Rússia e Coreia do Norte, diz jornal

mos para trás e vejamos o quarto de século após a Guerra Fria como um intervalo nuclear.

O novo desafio é “a possibilidade real de colaboração e até mesmo de conluio entre nossos adversários com armas nucleares”, disse ele.

Até agora, na campanha presidencial, os novos desafios para a estratégia nuclear americana não têm sido um tópico de debate. Biden, que passou grande parte de sua carreira política como defensor da não proliferação nuclear, nunca falou publicamente em detalhes sobre como está respondendo aos desafios de dissuadir as forças expandidas da China e da Coreia do Norte. Tampouco o fez a vice-presidente Kamala Harris, atual candidata do Partido Democrata.

Em sua última coletiva de imprensa, em julho, poucos dias antes de anunciar que não buscaria mais a indicação democrata para um segundo mandato, Biden reconheceu que havia adotado uma política para buscar maneiras de interferir na parceria mais ampla entre a China e a Rússia, mas sem dar mais detalhes.

— Sim, eu tenho, mas não estou preparado para falar sobre os detalhes disso em público — disse Biden, sem fazer referência na época (e também não foi perguntando sobre) como essa parceria estava alterando a estratégia nuclear americana.

Desde a presidência de Harry Truman, a estratégia americana se concentra predominantemente no arsenal do Kremlin. A nova orientação de Biden sugere a rapidez com que isso está mudando.

A China foi mencionada na última orientação nuclear, emitida no final do governo Trump, de acordo com um relato não confidencial fornecido ao Congresso em 2020. Mas isso foi antes que o escopo das ambições de Xi fosse compreendido.

A estratégia de Biden aprimora esse foco para refletir as estimativas do Pentágono de que a força nuclear da China se expandirá para 1.000 até 2030 e 1.500 até 2035, aproximadamente os números que os Estados Unidos e a Rússia agora empregam. De fato, Pequim parece estar adiantada em relação a esse cronograma, dizem as autoridades, e começou a carregar mísseis nucleares em novos campos de silo que foram detectados por satélites comerciais há três anos.

Há outra preocupação com relação a Pequim: o país interrompeu uma conversa de curta duração com os Estados Unidos sobre o aprimoramento da segurança nuclear — por exemplo, concordando em avisar um ao outro sobre testes de mísseis iminentes, ou estabelecendo linhas diretas ou outros meios de comunicação para garantir que incidentes ou acidentes não se transformem em encontros nucleares.

Uma discussão entre os dois países ocorreu no final do outono passado, pouco antes de Biden e Xi se encontrarem na Califórnia, onde buscaram reparar as relações entre os dois países. Eles se referiram a essas conversas em uma declaração conjunta, mas naquela época os chineses já haviam dado a entender que não estavam interessados em novas discussões e, no meados deste ano, disseram que as conversas haviam terminado. Eles citaram as vendas de armas americanas para Taiwan, que estavam em andamento muito antes do início das conversas sobre segurança nuclear.

Mallory Stewart, secretária assistente de controle de armas, dissuasão e estabilidade do Departamento de Estado, disse em uma entrevista que o governo chinês estava “impedindo ativamente que conversássemos sobre os riscos”.

Em vez disso, disse ela, Pequim “parece estar seguindo a cartilha da Rússia de que, até abordarmos as tensões e os desafios em nosso relacionamento bilateral, eles optarão por não continuar nossas conversas sobre controle de armas, redução de riscos e não proliferação”. Era do interesse da China, argumentou ela, “evitar esses riscos de erros de cálculo e mal-entendidos”