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Estudantes da Uerj protestam contra cortes de benefícios

A manhã desta quinta-feira (15) foi marcada por manifestação na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). Estudantes bloquearam os acessos ao campus Maracanã da instituição, na zona norte da capital fluminense, em protesto contra as mudanças nos requisitos para obtenção das bolsas estudantis na universidade. As atividades presenciais foram suspensas.

As entradas do campus foram obstruídas com bancos e mesas na noite de quarta-feira (14) impedindo a entrada de professores e outros estudantes. Na manhã desta quinta-feira, houve tumulto entre funcionários da Uerj e os manifestantes.

Os estudantes defendem a revogação do Ato Executivo de Decisão Administrativa (Aeda 038/2024), chamado pelos discentes de “Aeda da Fome”. 

A normativa, que entrou em vigor em 1° de agosto, estabelece, entre as principais mudanças, a substituição do auxílio alimentação por refeição gratuita no bandejão para os cotistas; a redução pela metade do auxílio ao material didático, que era pago duas vezes ao ano, a cada semestre, no valor de R$ 1,2 mil; e o auxílio-creche que passou a ser limitado para apenas 1,3 mil estudantes e, anteriormente, tinha acesso quem solicitasse. 

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Além disso, a partir de agora, estudantes contemplados pela bolsa de apoio a vulnerabilidade social precisam comprovar uma renda bruta de meio salário mínimo por pessoa da família. Antes, a renda era um salário mínimo e meio.  

Os estudantes afirmam que 5 mil universitários foram prejudicados de alguma forma com a medida. Os manifestantes denunciam, também, atrasos nos pagamentos. 

Ao G1, a reitoria informou que abrirá uma sindicância interna para apurar os fatos. Confira a nota:

 

“Após a ocupação das salas da Reitoria, no dia 26/7, e de diversas tentativas de negociação com os estudantes do movimento, ontem à noite as entradas do Pavilhão João Lyra Filho, no campus Maracanã, foram obstruídas, em um novo ato que se valeu do uso de bombas e intimidações aos agentes de segurança da Uerj.

Em decorrência disto, a Reitoria determinou a abertura de uma sindicância interna para apuração dos novos fatos e discute as ações jurídicas para garantir o pleno funcionamento da Universidade. A ocupação com a obstrução é inaceitável, pois causa prejuízos acadêmicos e administrativos à Uerj, comprometendo, inclusive, o próprio pagamento de bolsas e auxílios. Com funcionários impedidos de entrar nas salas da Administração Central, a gestão vê com enorme preocupação as implicações destes atos na execução de suas atividades essenciais.” 

*Com informações do G1 e O Dia.

 

Edição: Jaqueline Deister

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