Escola de São Paulo suspende alunos por antissemitismo contra colega de turma
Seis alunos da escola Beacon School, localizada na Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo, desenharam uma suástica — símbolo nazista — no caderno de um colega judeu.
Todos cursam o 9º ano do ensino fundamental. A direção suspendeu os agressores por tempo indeterminado. Os envolvidos têm entre 13 e 14 anos de idade.
De acordo com a instituição de ensino, depois de sofrer insultos antissemitas por parte dos companheiros de turma, o menino se queixou aos pais, que logo se reportaram à escola.
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“Tão logo tomou conhecimento sobre o episódio de antissemitismo na escola, a Beacon School adotou, imediatamente, uma série de medidas, incluindo o afastamento dos alunos agressores e acolhimento à família afetada”, comunicou a escola, em nota.
Por meio da sua assessoria, a Beacon disse ainda que “investiga os fatos, em detalhe e com firmeza, para aplicar sanções cabíveis e de forma responsável”.
A escola disse repudiar “toda e qualquer manifestação de ódio e discriminação, tanto dentro, quanto fora do ambiente escolar”.
A instituição também se comprometeu a conscientizar os estudantes por meio da criação de um grupo de trabalho contra o antissemitismo, que é o preconceito, a hostilidade ou a discriminação contra judeus.
Número de casos de antissemitismo cresce no Brasil
Desde o ataque terrorista do Hamas contra Israel, em 7 de outubro, e a resposta israelense na Faixa de Gaza, número de casos de antissemitismo cresceu em diversas partes do mundo.
Os ataques incluem ameaças, assédio verbal, intimidação e agressões físicas.
No Brasil, o aumento do número de casos de antissemitismo é de 1.200%, segundo a Confederação Israelita do Brasil (Conib).
O país tem a segunda maior comunidade judaica da América Latina, com 120 mil judeus, mas tem registrado cenas que chocam, como a exposição de cartazes nas ruas do Rio de Janeiro: “Judeu, câncer do mundo”.
As denúncias são registradas em um canal aberto pela Conib e enviadas para a polícia e para o Ministério Público.
Fonte/Créditos: Revista Oeste