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'Era o nosso xodó', diz irmã de criança espancada até a morte no ES

A família de Paloma Fernandes, de 6 anos, espancada até a morte dentro da casa que morava com o pai e a mãe, disse que ainda está tentando entender o que aconteceu. Além da perda da caçula da família, os irmãos se dividem para visitar a mãe, Sônia Fernandes, que está internada em estado grave no hospital. Mãe e filha foram encontradas caídas no chão na noite de terça-feira (18) em Cariacica, na Grande Vitória.

De acordo com a Polícia Civil, o pai, Oseas Marciel Soares, de 48 anos, é um dos principais suspeitos de ter matado a filha e agredido Sônia. Ele foi encontrado morto em uma área de mata próximo ao local onde morava no bairro Novo Brasil.

A perícia apontou que a criança morreu devido a um corte profundo na cabeça. Segundo as investigações, as agressões foram praticadas por volta das 17h, mas a PM só foi acionada para a ocorrência à noite, após uma denúncia de um homicídio.

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A irmã mais velha de Paloma, Jenny Fernandes, contou que a pequena sempre foi muito querida na família e também na escola onde estudava.

Ela nasceu no dia 5 de novembro de 2017, e quando a Palominha nasceu, nasce o amor da nossa vida. Era o nosso xodó. Uma criança incrível, muito querida e simpática, as cartinhas que a gente tem recebido da escola”, relatou Jenny.

Ainda segundo a polícia, Oseas fugiu após o crime. Seu corpo foi encontrado três dias depois, na sexta-feira (21).

A menina foi enterrada na quinta-feira (20) na mesma cidade onde morava com os pais.

“O dia do enterro foi um dos dias mais difíceis da nossa vida. O que a gente vai guardar são as memórias boas dela. A gente é grato por ter vivido 6 anos de vida dela, de ter o privilegio de ter ela como nossa irmã”, comentou a irmã.

Oseas é o principal suspeito de ter espancando a própria filha até a morte em Cariacica, Espírito Santo — Foto: Reprodução/TV Gazeta
Oseas é o principal suspeito de ter espancando a própria filha até a morte em Cariacica, Espírito Santo — Foto: Reprodução/TV Gazeta

 

Sônia segue internada em estado grave no Hospital Estadual de Urgência e Emergência de Vitória. Segundo o Boletim de Ocorrência (BO) da Polícia Militar, os policiais encontraram a mulher viva, mas com dificuldade de falar e andar.

 vítima apresentava um afundamento na cabeça e um hematoma no tórax.

“Vou te falar a verdade, a gente esperava que ela partisse mesmo. Foram muitos traumas, principalmente na cabeça. Mas ela consegue mexer as mãos, uma das pernas. No dia seguinte a internação nós fomos visitá-la e para a nossa surpresa, a gente chegou lá e ela estava de olhos abertos. Ver essa cena foi um acalento para o nosso coração diante de tudo que a gente está enfrentando”, desabafou Jenny.