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Enel e Light: Modelos de fracasso da privatização do setor de energia

A concessionária Enel deixou mais de 30 bairros de Macaé, no Norte Fluminense, sem fornecimento de energia por mais de 30 horas desde o último final de semana, incluindo a segunda-feira (20), feriado pelo Dia Nacional da Consciência Negra.  

O apagão afetou também a estação de abastecimento de água da Cedae, gerando protestos nas redes sociais. Em sua página no Twitter, o prefeito da cidade, Welberth Rezende (Cidadania), criticou a concessionária de energia e anunciou que o município vai adotar medidas judiciais. 

“Já são mais de 30h com vários bairros sem energia e essa situação já passou de todos os limites. Determinei que a procuradoria do município ingresse com uma ação na justiça para que a Enel estabeleça imediatamente a energia nos bairros de Macaé” destacou o prefeito.

Macaé foi atingida por fortes chuvas na noite de sábado (18), o que provocou estragos pela cidade. O Aeroporto Joaquim de Azevedo Mancebo, no bairro Aeroporto, teve parte do telhado danificado, causando o fechamento de uma das pistas.

Região metropolitana do Rio de Janeiro

Na região Metropolitana do Rio de Janeiro, cerca de 100 mil famílias de Niterói e de São Gonçalo também ficaram sem energia na noite de segunda-feira (20), 48 depois de uma tempestade afetar o fornecimento de energia da Enel. Nas ruas das duas cidades, moradores realizaram protestos. 

As falhas no fornecimento de energia são sucessivas e expõe a precariedade dos serviços da Enel. Na segunda-feira, a Justiça deu prazo para que a concessionária normalizasse o fornecimento de energia em Niterói em até 6 horas, sob ameaça de multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento. Contudo, nesta terça-feira (21) os moradores  continuavam sem energia. 

A Prefeitura de São Gonçalo informou que 9 postos de saúde e 15 escolas, com 4.500 alunos, não funcionaram nesta terça-feira por falta de energia.

Às 8h desta terça, a Enel informou que 97% dos clientes já tinham sido atendidos, mas não detalhou as áreas ainda no blecaute.

Na cidade do Rio de Janeiro, região sob responsabilidade da concessionária Light, os moradores da Rocinha também realizaram protestos contra a falta de energia. Até a manhã desta terça-feira (21), o fornecimento ainda não tinha sido normalizado. 

A precariedade no fornecimento de energia não é uma exclusividade do Estado do Rio. É um sintoma do fracasso da privatização do sistema de energia, um setor estratégico para o país. 

Escuridão na grande São Paulo

Nem mesmo São Paulo, a maior cidade do país e o centro de produção industrial, está imune ao estágio de precariedade. Na primeira semana de novembro, o comércio na região metropolitana desta metrópole, também atendida pela Enel, deixou de arrecadar até R$ 126 milhões devido à falta de energia desde iniciada na sexta-feira (3), quando uma tempestade atingiu a região. 

Na ocasião, até a terça-feira (7), 200 mil imóveis permaneceram sem energia. A estimativa sobre os prejuízos foi baseada no volume movimentado diariamente na Grande São Paulo. 

Na avaliação do economista da ACSP Ulisses Ruiz de Gamboa, o prejuízo se dá, principalmente, por reduções nas compras imediatas e por impulso dos consumidores, resultado das restrições no fluxo de clientes.

No total, foram 2,1 mil imóveis afetados pela falta de energia desde a tempestade, informou a concessionária Enel. 

Quase metade (49%) dos estabelecimentos considerou insatisfatória a resposta da Enel sobre o restabelecimento da energia no estado.

*Da D+ NEWS TV com edição da Agência Fonte Exclusiva. Compartilhe esta reportagem do Diário da Guanabara, o melhor site de notícias do Rio de Janeiro.

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