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Eduardo Girão: ‘Polícia promove uma verdadeira perseguição a opositores políticos do governo Lula’

Em pronunciamento, o senador Eduardo Girão (Novo-CE) criticou nesta terça-feira (11) a decisão de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de determinar a prisão de 208 envolvidos nos atos de 8 de Janeiro por descumprimento de medidas cautelares.

Girão também destacou que a Polícia Federal (PF) recebeu autorização do ministro do STF para investigar e prender envolvidos que fugiram para outros países.

Eduardo Girão condenou a conduta de Moraes, que, de acordo com o senador, vem cometendo uma sucessão de “arbitrariedades” contra cidadãos brasileiros.

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Para o senador, os envolvidos tiveram seus direitos constitucionais de defesa cerceados e foram transformados em “presos políticos”.

Em resposta a essa ação, Eduardo Girão apresentou um requerimento para uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado Federal para discutir “barbaridades” ocorridas no contexto das prisões.

“Essa força-tarefa da Polícia Federal é considerada a maior operação policial desde a Operação Lava Jato, de 2014 a 2021, mas com uma profunda diferença. Enquanto na Lava Jato a polícia estava atrás de criminosos poderosos, corruptos, alguns deles réus confessos, que desviaram bilhões de reais dos brasileiros, agora promove uma verdadeira perseguição a opositores políticos do governo Lula”, disse Girão.

O senador também mencionou as alegações de Ezequiel Silveira, advogado da Associação dos Familiares e Vítimas de 8 de Janeiro, que classificou as últimas prisões como ilegais e baseadas no receio de suposto risco de fuga dos acusados.

Girão salientou em sua fala os casos do veterinário Felício Manuel Araújo e da professora aposentada Iraci Nagoshi, que, de acordo com ele, enfrentam condições adversas e penas severas apesar de não terem participado dos atos de vandalismo.

Estamos aqui apelando para que cessem essas perseguições aos inocentes. Que seja penalizado quem realmente promoveu a depredação dos prédios públicos, voltando a prevalecer o bom senso e o Estado democrático de direito”, afirmou o parlamentar.