Distrito Federal completa 163 dias sem chuvas e alcança recorde de seca
O Distrito Federal completou 163 dias sem chuvas nesta quinta-feira (3). Essa seca se iguala a maior já registrada segundo os registros oficiais, de 1963.
O recorde deve ser superado a partir desta sexta (4), pela falta de previsão de chuvas até a próxima semana, segundo a coordenadora-geral de Meteorologia Aplicada, Desenvolvimento e Pesquisa do Inmet, Marcia Seabra.
Apesar das chuvas leves e pontuais em algumas partes do DF, vistas no último sábado (28), as precipitações não foram suficientes para serem contabilizadas pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).
Segundo o Inmet, desde os anos 1980 houve um aumento significativo na quantidade de dias secos, com uma média de 80 dias.
O órgão explica que a redução da chuva em grande parte do Brasil nesta época do ano se deve à persistência de massas de ar seco, o que provoca a diminuição da umidade relativa do ar e, consequentemente, favorecem a ocorrência de queimadas e incêndios florestais, bem como o aumento de doenças respiratórias.
A capital já registra episódios de queimadas recorrentes ao longo do último mês. Na terça-feira (1), o Corpo de Bombeiros controlou um foco de incêndio que atingiu uma região próxima ao aeroporto de Brasília.
Cerca de 15 dias antes, o Parque Nacional de Brasília também pegou fogo, o que acarretou em dias de céu coberto por fumaça.
O Inmet alerta ainda que a seca aumenta o risco de incêndio e afeta a qualidade do ar, e orienta a população a intensificar os cuidados diários, com a ingestão de bastante líquido, o uso de filtro solar e de máscaras para se proteger da fumaça.
Ainda segundo o órgão, na transição de setembro para outubro, é possível que ocorram rápidas pancadas de chuva isoladas, de acordo com o órgão.
A partir da próxima terça-feira (8) é que há alguma probabilidade de garoa para a capital federal.
Mesmo com o início das chuvas previstos para este mês de outubro, a coordenadora pontuou que as precipitações serão abaixo da média para o período, o que varia entre 140 a 180 mm. “Novembro e dezembro, as chuvas serão mais constantes chegando a ficar na média e, até, acima da média”, afimrou.
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