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Deputada: “Se não fosse a imprensa, seria outro crime esquecido no RJ”

São Paulo — A deputada estadual Monica Seixas (PSol-SP) afirmou que a família de Diego Bomfim, de 35 anos, soube da morte do médico por meio da imprensa. O irmão da também deputada do PSol, Sâmia Bomfim, foi executado a tiros em um quiosque no Rio de Janeiro, acompanhado de três colegas de profissão, na madrugada de quinta-feira (5/10). Dois deles também morreram e um ficou ferido.

“Nós soubemos assim. Ela e eu. Se não fossem vocês [da imprensa], talvez seria mais um crime esquecido no Rio de Janeiro”, afirmou Monica, ao Metrópoles. “Não foi o hospital ou a Secretaria de Segurança quem informou a família”.

Ex-assessora de Sâmia, Monica Seixas está no seu segundo mandato como deputada estadual. Em 2018, foi eleita no mandato coletivo Movimento Pretas, sendo reeleita em 2022 para mais um mandato coletivo, compartilhado com outras seis mulheres.

Enterro

Sâmia e Monica estiveram presentes no enterro de Diego, na manhã deste sábado (7/10), em Presidente Prudente, no interior de São Paulo. A cerimônia aconteceu às 9h no Cemitério Municipal Campal, no Residencial Anita Tiezzi.

O médico teve o caixão coberto com a bandeira do Santos, seu time de coração, conforme publicou o jornal Folha de S.Paulo. Todos os presentes estavam bastante emocionados.

Pelas redes sociais, Sâmia agradeceu as mensagens de solidariedade que recebeu e desejou condolências aos familiares de Marcos de Andrade Corsato e Perseu Ribeiro Almeida, que também foram assassinados no crime.

Em nota, a assessoria de Sâmia disse que “a família de Diego Bomfim decidiu pedir acesso a todos os autos do inquérito e está formalizando a procuração para que os advogados possam acessar as provas e o conteúdo da investigação”.

Execução

Além de Diego, os médicos Marcos Andrade Corsato, de 62 anos, Perseu Ribeiro de Almeida, 33, foram executados com ao menos 33 tiros de pistolas calibre 9 milímetros. Outro médico, Daniel Sonnewend Proença, ficou ferido.

A ação criminosa durou cerca de 20 segundos. Dois dos atiradores ainda voltaram ao quiosque, depois que uma das vítimas tentou se abrigar.

O caso ocorreu na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, próximo a um quiosque na altura do Posto 4. Os criminosos saíram de um carro branco já disparando tiros de pistola contra os médicos. Nada foi levado pelos bandidos.

A principal linha de investigação é que os médicos tenham sido executados por engano. A Polícia Civil do Rio apura se Perseu Almeida foi confundido com o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho do homem apontado como chefe da milícia de Rio das Pedras.

Sobrevivente

Único sobrevivente do ataque, o médico paulista Daniel Sonnewend Proença, de 33 anos, passou por cirurgia e foi transferido para um hospital particular, segundo a Secretaria Municipal de Saúde carioca.

Daniel foi alvo de pelo menos três disparos e passou por procedimento cirúrgico no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, antes de ser transferido. O estado de saúde é estável.

Formado em 2016 pela Faculdade de Medicina de Marília, no interior de São Paulo, ele é especialista em cirurgia ortopédica, traumas, reconstrução e alongamento ósseo.


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