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Depoimento do “Faraó dos Bitcoins” na CPI das Pirâmides Financeiras

O CEO da empresa G.A.S. Consultoria e Tecnologia, Glaidson Acácio dos Santos, apelidado pela mídia como “Faraó dos Bitcoins”, foi ouvido nesta quarta-feira (12) no âmbito da CPI das Pirâmides Financeiras, na Câmara Federal. 

O depoimento foi realizado por meio de uma videoconferência, já que Glaidson está confinado no Presídio Federal de Catanduvas, uma unidade de segurança máxima. 

Interessante observar que ele não é indiciado por crime financeiro, porque não foi comprovado a existência de uma pirâmide nos negócios da G.A.S. A empresa estava pagando dividendos, só interrompendo depois que teve as contas bloqueadas pela justiça. 

O presidente da CPI, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), anunciou que apresentará pedidos de quebra dos sigilos fiscal, bancário e de dados de Glaidson e de sua esposa, a venezuelana Mirelis Yoseline Diaz Zerpa, que está foragida nos EUA. 

“Para conhecermos todos os dados que o depoente não pode expor. Diversos dados já estão disponíveis nas investigações da Polícia Federal [PF], à qual pediremos o compartilhamento de provas com a CPI”, disse Ribeiro.

Para o economista Wilson de Souza, a CPI terá muito pouco a contribuir com a situação das milhares de pessoas que esperam restituição do dinheiro investido nos negócios da G.A.S.

Ele enfatiza que o CEO da empresa não está preso por crime financeiro, mas por outros crimes que são atribuídos a ele na esfera criminal. “Até agora a Polícia Federal, o Ministério Público e a própria justiça não conseguiram apontar nenhum crime financeiro ou formação de pirâmide. O que se viu neste primeiro depoimento foram situações que caracterizam preconceito social e racial contra Glaidson”, disse. 

Entenda o caso do “Faraó dos bitcoins” 

Presidente da GAS Consultoria e Tecnologia, Glaidson Acácio dos Santos está preso desde a primeira fase da Operação Kryptos, deflagrada pela PF em agosto de 2021. 

Atualmente ele está confiando na Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná, e sua esposa está foragida nos EUA. O casal, inicialmente, foi acusado de montar um esquema de pirâmide financeira disfarçado de investimento em bitcoins. 

Glaidson responde a 13 ações penais e tem contra ele seis prisões preventivas decretadas.

Convocado a depor a pedido dos deputados Áureo Ribeiro, Luciano Vieira (PL-RJ) e Caio Vianna (PSD-RJ), Glaidson negou que a GAS funcionava como fachada para um esquema de pirâmide financeira. 

Ele, no entanto, afirmou aos deputados que a única garantia para o rendimento médio de 10% ao mês ofertado aos clientes era “a experiência da empresa”.

“Garantias reais, como os bancos oferecem, nós não oferecíamos. Nossa empresa tinha a garantia da nossa experiência”, disse Glaidson.

*Da Agência Fonte Exclusiva. Compartilhe esta reportagem do Diário da Guanabara, o melhor site de notícias do Rio de Janeiro.

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