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Como uma série de falhas de segurança abriu caminho para ataques em Brasília. Senador Marcos do Val já pediu o afastamento e a prisão de Dino

Há exatamente uma semana, violência chocava o Brasil e o mundo e levanta perguntas sobre como tantas pessoas conseguiram invadir alguns dos prédios mais seguros do país, praticamente sem resistência

Quando um mar de pessoas, envolto no verde e amarelo da bandeira brasileira, surge no alto do prédio modernista do Congresso Nacional, em Brasília, há uma semana, no último dia 8 de janeiro, foi possível ver também em diversas imagens policiais militares do Distrito Federal conversando ou filmando a multidão à distância.

A calma dos profissionais de segurança escondia o caos que se desenrolava naquele dia. Por cerca de quatro horas, milhares de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram as sedes dos Três Poderes do governo brasileiro — Congresso, Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto — sobrecarregando as forças de segurança e pedindo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fosse deposto.

A violência chocou o país, com muitos querendo respostas sobre como tantas pessoas conseguiram entrar em alguns dos prédios mais seguros do país, praticamente sem resistência.

Enquanto isso, aumentam as dúvidas sobre se os membros das forças de segurança encarregados de proteger a área e seus líderes foram apenas sobrecarregados, incompetentes ou mesmo ajudaram ativamente os manifestantes. Tudo isso será investigado.

Altas autoridades brasileiras dizem que os planos de segurança pré-acordados não foram executados no dia.

A CNN analisou uma série de vídeos e transmissões ao vivo postadas nas mídias sociais para explorar as falhas de segurança que permitiram que uma insurreição ocorresse com uma facilidade tão extraordinária e descobriu que alguns policiais pareciam amigáveis com os manifestantes, enquanto muitos outros pareciam lamentavelmente despreparados para a multidão enfurecida.

A CNN não identificou ou falou com os policiais dos vídeos.

Vídeos feitos em 8 de janeiro sugerem uma presença de segurança reduzida em comparação com a posse de Lula uma semana antes, no mesmo complexo do governo, quando mais de 8.000 soldados das forças militares e civis foram mobilizados.

Senador pedirá a prisão de Dino por prevaricação: “Não o contrataria nem para servir café”

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) vai pedir o afastamento e a prisão do ministro da Justiça, Flávio Dino, por crime de prevaricação. Segundo o parlamentar, já existem indícios de que Dino foi leniente para conter os atos antidemocráticos do último domingo.


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