Turismo

Como o Ozempic está mudando a indústria de alimentos

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), declarou ter perdido 30 quilos com o uso do medicamento Ozempic. Paes, que concorre à reeleição, prometeu distribuir a droga gratuitamente quando cair a patente do laboratório Novo Nordisk – o que deve ocorrer em 2026.

Você pode ser entusiasta ou hater do Ozempic, mas uma coisa não se pode negar: o impacto gigantesco que ele e outros medicamentos GLP-1 têm causado no combate à obesidade, na saúde pública em geral e na economia.

Mais ainda, o “efeito Ozempic” está obrigando restaurantes e a indústria alimentícia a se readequarem. Já é uma realidade nas nações ricas e logo vai acontecer por aqui também.

O Ozempic e seus sucedâneos fazem emagrecer porque mexem nos mecanismos de saciedade do nosso organismo. O estômago se esvazia mais lentamente, e a pessoa se satisfaz com muito menos comida.

Assim é natural que o usuário dessas “canetinhas emagrecedoras” procure porções menores.

Um artigo publicado hoje (2/10) no site da Bloomberg se intitula “Ozempic vai de ameaça a oportunidade para os fabricantes de alimentos embalados”.

Segundo o texto, num primeiro momento o setor temeu perder muito dinheiro num mundo em que as pessoas comem menos. Mas, depois de um ano após o início da corrida pelas canetinhas, percebeu-se que havia aí um nicho potencialmente lucrativo.

Empresas como a Nestlé, a Danone e as sopas Campbell estão trabalhando em produtos e estratégias de marketing específicos para esse público que consome menos em volume – porém não em valores.

É uma galera com dinheiro, pois o tratamento é caro à beça. E, somente nos Estados Unidos, cerca de 30 milhões de pessoas aderiram a ele.

Porções menores não são necessariamente mais baratas. Além disso, os usuários de Ozempic têm necessidades dietéticas especificas: como o medicamento causa também perda de massa magra, é preciso ingerir muita proteína para manter ou recuperar a musculatura.

Em maio, a Nestlé lançou nos EUA a linha de refeições congeladas Vital Pursuit (“busca vital”), feita sob encomenda para esse publico “ozempicado”. São porções individuais pequenas (de 179 g a 269 g) de alimentos ricos em proteínas e fibras – entre as opções, estão uma “pizza” com massa de couve-flor, um sanduíche de frango e uma macarrão com queijo e brócolis.

Agora é só esperar a tendência chegar ao dogão de Osasco.

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