Turismo

Como é o voo que liga São Paulo a Cidade do Cabo e Joanesburgo sem escalas

Depois de um hiato causado pela pandemia, brasileiros agora contam com sete voos semanais para a África do Sul, todos partindo do Aeroporto de Guarulhos.

Essa retomada é recente. A Latam reabriu a rota em setembro, ligando São Paulo a Joanesburgo às terças, sextas e aos domingos. E desde o último dia 31, a South African Airways somou outros quatro, dois deles conectando a cidade paulista a Joanesburgo (às segundas e quintas) e outros dois cujo destino é a Cidade do Cabo (às terças e aos sábados), trecho inédito.

Entre integrantes do setor hoteleiro sul-africano, a retomada dos voos diretos conectando os dois países membros dos Brics era vista com alguma empolgação. A África do Sul, que vinha recebendo turistas do mundo inteiro na casa dos 10 milhões por ano no período pré-Covid, recebeu 5,7 milhões em 2022. Mas só no mês passado, o número de chegadas de brasileiros no país mais do que dobrou em relação ao período anterior.

A reportagem acompanhou o voo inaugural da South African Airways, entre São Paulo e Cidade do Cabo, em 31 de outubro. O avião, um A330-300, foi recebido em Guarulhos com festa e cantoria por um comitê formado por integrantes do consulado do país africano, numa cerimônia que contou com corte de faixa. Uma vez embarcado, houve um atraso de cerca de duas horas por causa de papelada referente ao plano de voo, mas a viagem em si foi até que curta —foram cerca de 7h30 de voo.

O assento era na classe econômica –a reclinação e o espaço entre as poltronas parecia ser o padrão entre companhias aéreas do porte. Na classe executiva foi possível notar que os assentos reclinavam 180%, embora não fossem tão privativos quanto na área executiva de uma companhia como a United Airlines, por exemplo, mais isolados um do outro.

No serviço de bordo havia uma oferta generosa de doses de Amarula e de vinho sul-africano a todos os passageiros, e até mesmo quem se sentava na classe econômica recebia kit das chamadas amenities com escova e pasta de dente –uma raridade hoje em dia. Outro ponto alto: a comida era bem servida, contando com opção de carne, frango ou vegetariana, sempre acompanhada de arroz, pão e salada; café da manhã igualmente farto, com ares britânicos (tomate, linguiça, batata).

As opções de entretenimento, contudo, deixavam um pouco a desejar –com menos de quatro dezenas de títulos, a seleção de filmes era um tanto mirrada e um pouco velha demais. Opções de seriados também pouco atraentes: havia um punhado de episódios aqui e ali de temporadas esparsas de “Friends” ou “Two and a Half Men” e não muito mais do que isso. Também fez falta o mapa do voo, que não estava operando nem na ida nem na volta, via Joanesburgo.

Na companhia, a passagem de ida e volta entre Guarulhos e a Cidade do Cabo na classe econômica sai a partir de US$ 634,00 (cerca de R$ 3.091).

A perna brasileira é a primeira extensão da South African fora do seu continente de origem. Em março de 2020, ainda no ínicio da pandemia, a empresa suspendeu todas as suas operações. A companhia aérea, que já enfrentava problemas financeiros, mergulhou então em uma forte crise, que só começou a ser superada em junho de 2021, quando o governo sul-africano decidiu abrir mão de 51% da empresa para um consórcio privado.


Documentos necessários para visitar a África do Sul

Brasileiros não precisam de visto para entrar no país, mas devem apresentar, além do passaporte, uma versão impressa do comprovante de vacinação contra febre amarela, de preferência em inglês. Ele pode ser obtido no portal Conecte SUS.

O jornalista viajou a convite da South African Airways

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