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Comandante do Exército vira alvo do MPF e pode ser preso

O comandante do Exército, general Júlio César de Arruda, foi denunciado ao Ministério Público Federal pela suposta prática do crime de prevaricação por não ter se empenhado, desde que assumiu a força, em desmobilizar o acampamento bolsonarista montado em frente ao quartel-general do Distrito Federal. A notícia-crime foi apresentada pela deputada federal eleita Luciene Cavalcante (PSOL-SP).

No documento, Cavalcante afirma que a manutenção da iniciativa que pedia intervenções antidemocráticas foi um dos fatores que propiciaram os ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília.

A parlamentar eleita ainda cita o cordão de isolamento feito por militares que postergou a prisão de golpistas envolvidos na depredação. O acesso ao acampamento e o desmonte das instalações só foram possíveis na manhã do dia seguinte aos ataques.

“Os depoimentos feitos à Polícia Federal demonstram que o acampamento do Distrito Federal foi estratégico para o ato golpista, e nesse sentido é urgente investigar os relatos que dão conta da participação, seja por ação ou por omissão, do alto comando do Exército”, afirma Cavalcante.

“Isso tipifica crime de prevaricação com relação à atuação do Exército junto ao acampamento golpista e à falta de segurança dos Três Poderes no dia 8”, segue.

A deputada eleita do PSOL pede que, além do general Júlio César de Arruda, outros militares também sejam investigados por não promoverem a desocupação dos acampamentos golpistas. Procurado pela coluna, o Exército não se manifestou.

“Os fatos narrados caracterizam o crime de prevaricação, quando os militares do Exército recusaram-se a agir de ofício, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal”, diz ela ao Ministério Público Federal.

As informações são da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo.

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