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Com tornozeleira, Cacique Serere não pode ir ao velório do pai

O pai do cacique Serere Xavante, Celestino, morreu, neste sábado, 11, aos 103 anos, informou a Oeste a mulher de Serere, Sueli, que lamentou a impossibilidade do marido de comparecer ao velório, em virtude da tornozeleira eletrônica, que impede o indígena de viajar.

Serere está cumprindo medidas restritivas, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O equipamento proíbe o cacique de ultrapassar o raio de 1 quilômetro. Ele mora com a família em Aragarças (GO), a aproximadamente 400 quilômetros de Goiânia. Antes de ser detido, Serere residia na terra indígena Parabubure, no interior de Mato Grosso.

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Tornozeleira privou Serere de outros eventos, além do velório do pai

Em 8 de outubro, Carlos, o filho de 12 anos de Serere, foi agraciado com um título que pôs o jovem na linha sucessória da liderança dos xavante, contou o advogado de Serere, Geovane Pessoa.

Como cacique, o indígena deveria comparecer à liturgia. A tornozeleira, contudo, não permitiu.

A tradição local diz que o pai tem de apresentar e abençoar o filho ao integrante mais velho para o jovem assumir o posto, que tem responsabilidades. Geralmente, o patriarca orienta o escolhido sobre como proceder em determinadas situações e o prepara para o cargo.

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