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Com problemas na Alesp, Tarcísio convida ex-presidente da Casa para o Republicanos

Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) convidou o ex-presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo Carlão Pignatari (PSDB) para se filiar ao seu partido. O chamado é uma tentativa do governador de diminuir os problemas de articulação política que tem tido na Casa.

Deputados de partidos da base aliada do governador, como PL e o próprio Republicanos, têm criticado a relação com o governo estadual e dizem que a administração deverá ter trabalho para aprovar projetos de peso previstos para o segundo semestre.

Segundo eles, as indicações para cargos na administração estão travadas e as pautas e prioridades da gestão Tarcísio não são apresentadas com clareza para os parlamentares.

O principal alvo de críticas é Jorge Wilson Xerife do Consumidor (Republicanos), que Tarcísio escolheu como líder do governo e responsável pela articulação entre Executivo e Legislativo. Com a troca de partido, a função poderia ser passada a Pignatari.

O tucano foi líder do governo de 2019 a 2021 e presidente da Alesp de 2021 a 2023. Filiado ao PSDB há três décadas, ele quer deixar a sigla, como disse ao Painel em abril. No entanto, depende da anuência da legenda para se desfiliar sem o risco de perder o mandato.

Inicialmente, Tarcísio tratou com Pignatari de uma possível migração para o PP, ao qual se filiou recentemente o secretário da Casa Civil, Arthur Lima, braço direito do governador. No entanto, o fato de existir um deputado federal com forte votação na mesma região de Pignatari, Fausto Pinato, inviabilizou a escolha.

Procurado, Pignatari não confirmou ter conversado sobre o tema com o governador.

Como mostrou a Folha, a indicação do novo conselheiro do TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) é a crise mais recente do governo Tarcísio na Alesp, onde o assunto tem sido marcado por rebeliões e insatisfações na base.

Para os deputados, a imposição do nome do deputado federal Marco Bertaiolli (PSD-SP) é mais uma mostra da desarticulação política do governo.

Em junho, o União Brasil ensaiou uma rebelião quando sete de seus oito deputados estaduais obstruíram votação de um projeto do Executivo que buscava recursos para viabilizar a construção do trem intercidades.


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