Turismo

Com cachoeiras e vulcões, Costa Rica é um parque de diversões ao ar livre para aventureiros

Nos anos 1990, quando ainda pouco se falava em sustentabilidade, a Costa Rica já pensava nisso. Além de remunerar proprietários que protegem a biodiversidade de suas terras, o país criou o seu Sistema Nacional de Áreas de Conservação, pondo cerca de 25% do seu território sob proteção dele. E passou a promover a natureza como o seu principal atrativo turístico.

Em três décadas, o país saltou de meio milhão de turistas estrangeiros para 3 milhões em 2019. A maioria deles são americanos e europeus ávidos para ver de perto a exuberância das florestas tropicais do país —praticamente um parque de diversões natural.

A principal entrada do país é a capital, San José, cujo centro, cheio de lojas de comércio popular, lembra muito o de São Paulo. Ali, construções coloniais, como o Teatro Nacional da Costa Rica e o Museu Nacional, se mesclam com outras mais modernas e imponentes, como o Museu de Jade e o Museu do Banco Central, edifício brutalista construído sob a principal praça da cidade e que guarda quase 700 peças criadas pelos povos originários locais.

Mas mesmo na capital, a natureza é o atrativo. A 50 km do centro, dentro de um parque nacional, fica o vulcão Poás, um dos mais famosos do país e ainda ativo —a última erupção foi em 2017. Uma trilha pequena e pavimentada leva do estacionamento ao mirante na beira da cratera, mas é preciso sorte para conseguir observá-la por completo, já que, a 2,7 mil metros de altitude, as nuvens encobrem a vista.

Como a visita ao vulcão não dura muito (há um limite de 20 minutos por grupo), vale aproveitar a viagem para conhecer a fazenda Alsacia, onde a Starbucks produz os seus cafés costa-riquenhos, e principalmente, a fazenda Doka. Ambas oferecem tours guiados e degustações, .

Depois de um dia na capital, é hora da aventura. Na costa pacífica, vale passar pelo menos um dia no Parque Nacional Corcovado, onde a principal atração são as trilhas para observar as centenas de espécies que vivem ali, incluindo macacos, araras e baleias.

Um pouco mais ao norte, há os parques nacionais Manuel Antonio, que além de trilhas oferece ótimas praias de areia branca e águas calmas, e Ballena, um parque marinho, no qual passeios de barco levam os turistas mar adentro para avistar espécies de aves e, com muita facilidade, golfinhos.

Aos que não são muito de praia, a dica é explorar a região de La Fortuna, nos arredores do vulcão Arenal, que fica 90 km ao norte de San José, adormecido desde a sua última erupção, em 2010. Por lá há atividades para todos os gostos e níveis de condicionamento, como expedições que exploram trilhas e mirantes, centenas de cachoeiras e até o Sky Adventures, um divertido parque de tirolesas que atravessam um dos vales da região em alta velocidade e sempre com vistas absurdas do vulcão ao fundo –os ingressos custam a partir de US$ 89 (R$ 484).

Perto dali, vale uma visita à pequena e simpática Monteverde. A 1.300 metros acima do nível do mar, a cidade é um refúgio de montanha perfeito para aquele momento da viagem em que a única vontade é ficar descansando no hotel —destaque para o El Establo, cujos quartos têm vista para um pôr do sol memorável.

Depois do descanso, uma última dose de aventura é bem-vinda em El Tigre, um parque privado com 8 km de trilhas, quatro grandes cachoeiras (uma delas perfeita para mergulhar), passeio a cavalo e uma divertida bike-tirolesa, em que o visitante pedala sobre os cabos de aço em meio à floresta. O pacote completo sai por US$ 66 (R$ 359).

Ainda que a Costa Rica tenha sua própria moeda, a economia do país é bastante dolarizada, o que em tempos de câmbio nas alturas pode ser um desestímulo. Por outro lado, a partir de 12 de novembro, a Gol terá três voos semanais entre Guarulhos e San José, eliminando as conexões para experimentar a “pura vida” da qual os costa-riquenhos tanto se orgulham.

O jornalista viajou a convite do Instituto Costa-Riquenho de Turismo

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