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Chico Alencar – Governantes do Rio: do Palácio à prisão ou cassação

Cláudio Castro – Foto: Reprodução/Internet

Saiu publicado aqui mesmo nesse Diário do Rio, na sexta-feira, matéria sobre o julgamento, pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), do governador Claudio Castro (PL) e de seu vice, Thiago Pampolha (MDB), além do presidente da ALERJ, Rodrigo Bacellar (União Brasil), acusados de abuso do poder econômico nas eleições de 2022.

O desembargador Peterson Simão, relator do processo, votou pela cassação do três, em função de um suposto esquema de fraude que teria comprometido o processo eleitoral de 2022.

O desfecho do julgamento do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) ainda pode demorar para ocorrer. O desembargador Marcello Granado, próximo a votar, pediu vista e o julgamento será retomado no dia 23 de maio, quinta-feira.

O voto do relator apontou graves desvios de dinheiro no Ceperj (Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro) e na Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro).

“Quem arquitetou esse plano perverso é um gênio, mas um gênio do mal (…) O plano foi orquestrado com antecipação e só não se esperava que fosse ser descoberto“, disse o desembargador.

Ele afirmou que as ações geraram altíssimo prejuízo ao erário e à população fluminense, além de quebrarem a igualdade de oportunidades entre candidatos e influenciarem na livre escolha dos eleitores.

O magistrado destacou que a partir de 2022, apenas 7 meses antes das eleições, a CEPERJ, incluindo a UERJ, passou a ter novas atribuições. E uma folha de pagamentos secreta, com 47 mil cabos eleitorais!!!

“Verdadeiro absurdo!”, disse o desembargador. “A finalidade política era, com certeza, beneficiar a chapa do governador e vice (candidatos à reeleição), violando a probidade administrativa”, afirmou.

Para Simões, “restou caracterizado abuso de poder econômico e político com reflexo direto nos resultados das eleições”.

O desembargador Peterson Simão propôs a cassação de Cláudio Castro, sua inelegibilidade por 8 anos e multa de R$ 106.410,00; a cassação do vice, Thiago Pampolha e multa de R$ 21.282,00; e a cassação do presidente da ALERJ, Rodrigo Bacellar, sua inelegibilidade por 8 anos e multa de R$ 106.410,00;

Caso seja condenado, Castro será o sétimo governador do Rio a ser preso ou ter o mandato cassado. Antes dele, Witzel, Pezão, Cabral, Garotinho, Rosinha e Moreira Franco ou foram afastados, ou presos, ou respondem a crimes de corrupção. Uma vergonhosa rotina!

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