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Chico Alencar – Avenida do Pânico: Avenida Brasil

Na quinta-feira, dia 24 de outubro, o Rio despertou com mais um dia de tiroteios na principal avenida da cidade. Segundo o Instituto Fogo Cruzado, a Avenida Brasil tem média de um tiroteio a cada dois dias. Esse dado não deveria ser normalizado.

Infelizmente, o que deveria ser exceção tornou-se regra para o carioca. A polícia, que existe para zelar pela segurança dos cidadãos, muitas vezes é a responsável pelos episódios de violência, por conta de ações policiais mal planejadas, realizadas em horários de grande circulação, especialmente na entrada e saída de escolas, desrespeitando a decisão do STF na ADPF 635, a “ADPF das Favelas”.

A operação de quinta-feira provocou uma intensa troca de tiros na Avenida Brasil, na altura do Complexo de Israel, resultando na morte de duas pessoas e cinco feridos. Mesmo assim, a PMRJ declarou que “não há saldo operacional a ser divulgado”. Para não dizer que foi um fiasco, divulgaram que foram apreendidas 2 granadas e um suspeito foi preso.

A população do Rio conhece bem o resultado negativo desses procedimentos, que só semeiam mais medo, dor e caos. Famílias agora choram seus mortos e feridos; o trânsito foi interrompido por duas horas; cinco estações de trem ficaram fechadas; 35 linhas de ônibus foram paralisadas; 17 escolas tiveram que suspender as aulas; e quatro unidades de saúde paralisaram suas atividades.

A atividade foi um desastre: no confronto, os policiais acabaram fugindo dos bandidos. “Infelizmente, tivemos uma reação por parte do tráfico muito desproporcional”, reconheceu o governador.

Todos sabemos o verdadeiro saldo: uma cidade cada vez mais insegura, onde o direito de ir e vir é constantemente ameaçado.

O crime, com suas conexões com várias instituições, segue imperando em nossa cidade.

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