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Chacina em quiosque: médico forçou vômito com medo de perfuração

Três médicos de São Paulo foram assassinados a tiros em um quiosque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, em 5 de outubro. Dois meses depois, o único sobrevivente, o ortopedista Daniel Proença, afirma que começou a se analisar após os tiros, para ver se tinha alguma perfuração no estômago.

Proença conseguiu sobreviver a mais de 20 tiros disparados contra ele naquela madrugada. O primeiro comportamento de “defesa” teria sido tentar conter o pânico, até que o socorro chegasse.

Depois, ele começou a se autoanalisar, como se fosse o próprio paciente, para avaliar os danos causados. “Comecei a fazer exame em mim. Tentei forçar vômito para ver se tinha alguma perfuração no estômago”, afirmou.

As revelações ocorreram durante entrevista ao Fantástico, da TV Globo.

Relembre caso de chacina em quiosque

Os criminosos atiraram, ao menos, 20 vezes contra os profissionais, em um período de 20 segundos. Um dos homens ainda voltou ao estabelecimento, depois que uma das vítimas tentou se abrigar.

O caso ocorreu na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, próximo a um quiosque na altura do Posto 4, quando um grupo saiu de um carro e atirou contra os médicos. Os profissionais de medicina mortos eram especializados em ortopedia e foram identificados como Perseu Ribeiro de Almeida, 33; Marcos Andrade Corsato, 63; e Diego Ralf Bonfim, 35.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou as mortes, prestou solidariedade aos familiares dos médicos e à deputada Sâmia Bomfim (PSol-SP), irmã de Diego, e ao deputado Glauber Braga (PSol-RJ).

Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) chegou à conclusão que o médico Perseu Ribeiro Almeida teria sido confundido com o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho do Dalmir Pereira Barbosa, apontado como chefe da milícia de Rio das Pedras. Os responsáveis pelo erro acabaram assassinados também.

Dois de quatro corpos suspeitos pela execução de três médicos foram encontrados e identificados pela polícia. Os corpos seriam de Philip Motta e Ryan Nunes de Almeida.

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