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Caso Marielle: Suel passa por audiência de instrução nesta terça

O ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, deve passar pela primeira audiência de instrução e julgamento nesta terça-feira (10/10), no processo em que ele é réu por homicídio e receptação no caso Marielle. Conforme apurou o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio (MPRJ) e da Polícia Federal, foi ele quem recebeu o carro usado no crime.

A audiência, marcada pela Justiça do RJ, acontece às 9h no IV Tribunal do Júri. Além do interrogatório do réu, estão previstos os depoimentos de testemunhas de defesa e de acusação. Ambos presos, Lessa e o ex-PM Élcio de Queiroz devem ser ouvidos por videoconferência.

De acordo com o MPRJ, Suel era o dono do carro usado para esconder as armas que estavam em um apartamento de Ronnie Lessa, acusado de ser um dos autores do assassinato e amigo do ex-bombeiro. Maxwell também teria ajudado a jogar o armamento no mar.

Prisão

Suel foi condenado a 4 anos de prisão, em 2021, por atrapalhar as investigações dos assassinatos de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Ele foi preso em julho deste ano na Operação Élpis, quando a Polícia Federal (PF) ficou à frente do caso. Suel está em uma unidade de segurança máxima fora do estado e também será ouvido por videoconferência. Antes, ele cumpria a pena em regime aberto.

O nome de Suel foi citado por Élcio de Queiroz em delação premiada com a PF e com o MPRJ, quando forneceu detalhes sobre o crime. Na delação, Élcio confessou que dirigiu o carro usado no ataque e confirmou que Ronnie Lessa fez os disparos. O ex-bombeiro ajudou a monitorar os passos de Marielle e, um dia após o crime, trocou as placas do veículo Cobalt usado no assassinato; ele também teria sido responsável por se desfazer das cápsulas e munição usada, bem como providenciar o desmanche do carro.

Quem mandou matar Marielle Franco?

O atentado contra a então vereadora Marielle Franco e o motorista dela, Anderson Gomes, completou cinco anos em 2023. Desde fevereiro, o caso é investigado pela PF. No entanto, até o momento, não foi possível identificar quem mandou matar Marielle e qual foi a motivação da execução.

A Polícia Civil e o MP concluíram a primeira fase do inquérito, que teve como desfecho a prisão do policial militar reformado Ronnie Lessa — acusado de ter feito os disparos — e do ex-PM Élcio de Queiroz — que estaria dirigindo o Cobalt prata que perseguiu as vítimas. Ambos negam participação no crime.

Os dois estão presos em penitenciárias federais de segurança máxima e serão julgados pelo Tribunal do Júri, ainda sem data marcada.

Lessa já foi condenado por outros crimes: comércio e tráfico internacional de armas, obstrução das investigações e destruição de provas.

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