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Campos-RJ: Ex-governador Anthony Garotinho se diz excluído pelo filho Wladimir

O ex-governador do Rio, Anthony Garotinho, trilhou uma carreira exitosa no plano político local, ascendeu ao cenário regional e chegou a obter resultados políticos no plano nacional, como terceiro colocado em uma eleição presidencial. 

A cronologia aqui não segue a ordem exata, mas o little boy foi deputado estadual, Federal, duas vezes prefeito de sua cidade natal, de onde saiu para conquistar o governo do Estado do Rio e posteriormente eleger a esposa, Rosinha Garotinho. Em etapa mais recente ela foi duas vezes prefeita da cidade natal.

É um longo caminho permeado por vitórias, deserções e também traições, que se acentuaram a partir do momento que o clã familiar passou a priorizar a conquista de mandatos para os herdeiros sanguíneos. 

O grupo enfrentou grandes brigas e tempestades ao longo desta jornada, mas sobrevive ainda sobre o espólio político de Anthony Garotinho. Foi justamente este espólio que elegeu a filha Clarissa Garotinho deputada Federal, o filho Wladimir Garotinho na Câmara Federal e prefeito de Campos dos Goytacazes em 2020. 

Em política nem sempre a vitória no plano político é a conquista do paraíso terrestre para aliados. Ao contrário, pode refletir uma amarga sensação de perder ganhando. 

O líder do clã familiar continua articulando alianças para o governo do filho, segundo diz em vídeo compartilhado por ele em grupos de WhatsApp. Contudo, salienta que está completamente excluído.

Cita como exemplo a recente negociação envolvendo o comando do PL na cidade natal, arranjo do filho e com o senador Flávio Bolsonaro (PL). 

Leia também: Opção de Flávio Bolsonaro em Campos dos Goytacazes deflagra divisão no PL do Rio 

O vídeo tem ainda algumas mensagens subliminares, quando cita o acordo. O senador e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro destinou uma emenda parlamentar de R$ 5,5 milhões para o município de Campos. Não se sabe até que ponto isso pesou no arranjo que enfrenta pesadas críticas entre deputados do PL na Alerj e militantes de extrema direita.

O prefeito de Campos parece enfrentar uma crise de identidade. Ele surfa na onda do garotismo, só que tenta mostrar que é Wladimir, se desvencilhando do pai no fechamento das negociações. 

Garotinho não é o único a pontuar críticas à conduta do filho. Tem mais gente gritando nas redes sociais. São personas do andar de baixo expurgadas e muito mais estridentes e barulhentas narrando relações internas que podem ter consequências jurídicas. É um indicativo de que as coisas não terão um final formoso. 

O poder é doce, vira a cabeça e dá a falsa sensação de onipotência, mas há um dito popular oriundo da região de Barra Seca (zona rural de Campos dos Goytacazes), que diz: “o porco magro é que suja a água”. 

Wladimir Garotinho, que está filiado ao Progressistas e passeia com Eduardo Paes (PSD) ao mesmo tempo que corteja figuras notórias do PT regional, enfrenta um sério risco de ficar com o PL e não herdar os votos do bolsonarismo, que já começa observar os descompassos dos filhos de Jair Bolsonaro, sinalizando retração.

Seria a máxima: “vão-se os anéis e ficam os dedos”.

*Da Agência Fonte Exclusiva. Compartilhe este artigo do Diário da Guanabara, o melhor site de notícias do Rio de Janeiro.

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