ArtigosRio de Janeiro

Cadê a Guarda Municipal?

Foto: Robert Gomes

O DIÁRIO DO RIO fez uma grande defesa da mudança de escala da Guarda Municipal do Rio de Janeiro. No editorial “Guardas Municipais são pagos para descansar. E quem faz o trabalho deles?“, comentava-se sobre a proposta que mudava as 12×60 (praticamente 5 dias descansando para cada dia trabalhando), lei de Marcelo Crivella, para o anterior de 12×36 (doze horas de trabalho para 36 de descanso). A proposta foi aprovada em 6 de junho de 2023, com 34 votos favoráveis e 13 votos contrários na Câmara de Vereadores do Rio.

Mas, passado quase um ano da mudança de escala, que prometia triplicar o número de Guardas na rua, continuamos com os mesmos problemas. A Secretaria de Ordem Pública poderia até mudar de nome para Desordem Urbana, pois o carioca continua tendo que se desviar de camelôs espalhados pelas ruas da cidade. Na Freguesia, chega ao ponto de não haver por onde caminhar, é difícil entender como estes ambulantes conseguem vender algo.

Houve algumas ações: o prefeito Eduardo Paes descobriu a Feira do Acari, por exemplo, apesar de esta ter sido o primeiro funk nacional de sucesso nos anos 90. Depois, desfez o Mercado Andino da Rua Uruguaiana, ou quase, ainda permanecem camelôs na rua, mas agora legalizados, menos mal.

Só que a Guarda Municipal, que deveria cumprir um papel de presença nas ruas do Rio, continua sendo uma avis rara, mais fácil encontrar alguém indo esquiar na neve no Corcovado que um guarda. Ou seja, a promessa de triplicar a GMRJ não se cumpriu! E ainda se discute armá-los, quando o debate deveria ser acabar com o excesso de indicados em cargos com funções estranhas aos seus objetivos.

Quem sabe uma promessa a ser feita nesta campanha pudesse ser abrir concurso para a Guarda? Eduardo Paes tinha prometido aumentar em 10 mil homens na eleição de 2020. A corporação teve seu último concurso em 2012, com apenas 500 chamados, apesar dos 2000 aprovados.

A Segurança Pública é um debate destas eleições, um dos temas que mais preocupam os cariocas. Paes pode até tentar jogar o problema todo no colo dos governos estadual e federal, mas a Prefeitura tem sua responsabilidade. Em muitas regiões, o problema não é o roubo com armas de fogo, mas sim o pivete que pega um celular e sai correndo, como acontece na Presidente Vargas, em frente à Rodoviária. Dois guardas lá já ajudariam a aumentar a sensação de segurança da região, assim como em muitas outras ruas do Rio.

Mais Guardas Municipais melhorariam muito a imagem da cidade para o Turismo, muito mais do que ilhas flutuantes no Porto… talvez até mais barato.

Advertisement

Receba notícias no WhatsApp
entrar grupo whatsapp Cadê a Guarda Municipal?


source

Compartilhe:
WP Twitter Auto Publish Powered By : XYZScripts.com