Baleias e golfinhos surpreendem fotógrafos no litoral Norte Paulista
O mar do litoral Norte Paulista está agitado! Para os admiradores da vida marinha, o ano de 2020 começou com tudo: cinco espécies de golfinho – entre elas a orca, e uma de baleia já foram avistadas neste mês entre Ilhabela e São Sebastião (SP).
Assim como a variedade, a frequência das observações e o número de indivíduos surpreenderam os especialistas. “Só de botos-cinza nós fizemos quatro avistamentos, todos de grupos numerosos. Em uma das vezes vimos mais de duzentos”, comenta o fotógrafo e fundador do “Projeto Baleia à Vista”, Julio Cardoso, que destaca ainda outros flagrantes.
Das seis espécies de golfinhos que vivem na região, já avistamos quatro. A torcida agora é para que o dentes-rugosos e o golfinho-comum apareçam para fecharmos a lista”, comemora.
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Na lista de flagrantes na região constam ainda as toninhas, espécie ameaçada de extinção; e os golfinhos-nariz-de-garrafa, cujo grupo avistado era de 50 indivíduos.
Costumamos ver golfinhos nessa época, mas a quantidade e o tamanho dos grupos está surpreendendo
A torcida para avistar as orcas na região foi tanta que elas parecem ter atendido aos pedidos: na última sexta-feira de janeiro (31) o pesquisador, Juan Pablo Quimbayo, registrou um grupo com mais de 10 indivíduos navegando pelas águas de Alcatrazes.
De acordo com Julio Cardoso, a observação da espécie é mais comum no inverno, depois da temporada das jubartes. No entanto, elas também podem aparecer no começo do ano, entre fevereiro e março.
O especialista destaca o comportamento social das orcas, característica típica dos golfinhos — Foto: Juan Pablo Quimbaio/Arquivo Pessoal
Desde 2015 temos feito registros de orcas na região de São Sebastião e Ilhabela. Até agora só conseguimos identificar um mesmo macho, que tinha sido avistado no Rio na década de 90, e que foi registrado novamente no canal de Ilhabela em 2017”, conta.
Batizado como ‘Almirante’, o golfinho foi o único ‘match’ dos pesquisadores, termo dado à identificação dos indivíduos, que só é possível graças às manchas e ao formato da cabeça. “Ainda não conseguimos identificar outros grupos específicos que frequentam o litoral paulista, por isso, há muito trabalho de pesquisa para ser feito”, diz.
Fonte/Créditos: G1
Créditos (Imagem de capa): Foto: Julio Cardoso/Projeto Baleia à Vista