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Balé Macunaíma retorna aos palcos do Theatro Municipal do Rio nesta semana

Foto: Divulgação

Baseado na obra de Mário de Andrade, o Balé Macunaíma volta ao palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro (TMRJ) com Corpo de Baile e Orquestra Sinfônica da Casa. O espetáculo em um ato e quatro quadros tem como cenário inicial a selva amazônica, na região do Rio Uraricoera, a terra natal de Macunaíma, onde vivem os índios Tapanhumas. O balé será apresentado em curta temporada, de quarta-feira (14/06) a sábado (17/06), às 19h e no domingo (18/06), às 17h.

A Presidente da Fundação Teatro Municipal, Clara Paulino, ressalta a importância desse espetáculo. “Devido ao grande sucesso desse espetáculo no ano passado, decidimos trazer de volta essa obra nacional tão importante, que traz à tona a discussão sobre a questão étnica brasileira. Além disso, a realização de Macunaíma no Theatro Municipal conta com grandes parcerias e novas linguagens, e ressaltamos o lindo trabalho trazido pelo Museu do Graffiti e do Coletivo Trouxinhas para o palco do nosso Theatro“.

A concepção do espetáculo é do Maestro, Professor da UFRJ e Coordenador do Projeto Sinos, André Cardoso. O balé original teve sua estreia no ano passado e agora retorna ao palco, em uma curta temporada. “Macunaíma é o mais emblemático livro do modernismo brasileiro. A versão para balé foi criada em 2022 para comemorar o centenário da Semana de Arte Moderna. O sucesso do espetáculo o traz novamente ao palco onde foi estreado, reafirmando assim a relevância da parceria entre a Funarte e a Universidade Federal do Rio de Janeiro com a Fundação Theatro Municipal. Que a parceria possa fomentar novas obras e novos espetáculos, proporcionando ao público do Rio de Janeiro o contato com a produção contemporânea“.

Uma das curiosidades do balé é que a maquiagem foi toda inspirada nos grandes pintores da história da Semana de Arte Moderna e suas cores como o amarelo de Anita Malfati, o azul cobalto de Portinari, o verde de Ismael Nery, o azul claro de John Graz, o laranja de Di Cavalcanti, o rosa de Milton da Costa e o vermelho de Tarsila do Amaral. O material utilizado em cena é praticamente todo reciclado pelo Coletivo Trouxinha da UFRJ, que vai criar um lixão com sacolas plásticas e tecidos ao vivo, em cena. O figurinista fez uma releitura de roupas do acervo do TMRJ. Espelhos servem de cenário para a confecção de arte, trazendo a parte urbana ao palco por uma equipe de grafiteiros do Museu do Graffiti.

Desde o grande sucesso da estreia mundial de Macunaíma, ballet original especialmente composto por Ronaldo Miranda para nosso BTM, temos recebido inúmeros pedidos em nossas redes sociais e por email para reapresentarmos este que foi o ponto alto de comemoração do centenário da Semana de Arte Moderna, no ano passado. Agora, a produção volta ao TMRJ para celebrar os 75 anos de seu compositor” celebra o Diretor Artístico do TMRJ, Eric Herrero.

São quase 50 bailarinos trabalhando com muito empenho e dedicação, num espetáculo multimídia de uma hora de duração, com direção de imagem e fotografia de Igor Correa e supervisão artística de Hélio Bejani e Jorge Texeira.

A concepção coreográfica, de Carlos Laerte, dessa obra antológica, desconstrói os corpos dos bailarinos clássicos e traz a contemporaneidade da dança brasileira. Ele aguçou as características de cada bailarino em cima da identidade individual. Outra característica de Macunaíma é a narrativa contada através do audiovisual, já que os bailarinos contracenam com imagens e, em muitos momentos, eles entram e saem da tela, como se fosse o cotidiano deles. É uma conversa itinerante da peça. A tecnologia está o tempo inteiro falando com todos.

Além do grande espetáculo, haverá uma palestra gratuita antes de cada apresentação, confira:

14/6, quarta – 18h – Do clássico ao contemporâneo: um passeio pela História da Dança

  • Palestrantes: Márcia Feijó e Paulo Melgaço
  • Local: Salão Assyrio

15/6, quinta – 18h – Corpo poético: movimento e narrativa na dança contemporânea

  • Palestrantes: Fabiana Nunes e Maria Alice Poppe
  • Mediador: Paulo Melgaço
  • Local: Salão Assyrio

16/6, sexta – 18h – Artes múltiplas: construindo a estética de um espetáculo

  • Palestrantes: Angélica de Carvalho e Paulo Cesar Medeiros
  • Mediador: Jayme Chaves
  • Local: Salão Assyrio

17/6, sábado – 18h – Para além do ballet clássico: explorando novas fronteiras

  • Palestrantes: Mônica Barbosa e Renata Versiani
  • Mediador: Sofia Ceccato
  • Local: Salão Assyrio

18/6, domingo – 16h – Dança Contemporânea: estilos, tendências e desafios.

  • Palestrantes: Carlos Laerte e Márcia Milhazes
  • Mediador: Hélio Bejani
  • Local: Salão Assyrio

Ficha Técnica:

  • Música: Ronaldo Miranda
  • Roteiro e Concepção: André Cardoso
  • Coreografia: Carlos Laerte
  • Assistente de Coreografia e Ensaiadora: Mônica Barbosa
  • Direção de Imagem e Fotografia: Igor Correa
  • Figurinista: Wanderley Gomes
  • Iluminação: Paulo Ornellas
  • Coordenação de Cenografia: Coletivo Trouxinhas
  • Pintura de arte: artistas do Museu do Graffiti
  • Regência: Jésus Figueiredo
  • Supervisão Artística Hélio Bejani e Jorge Texeira
  • Com Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal e Ballet do Theatro Municipal
  • Direção Artística TMRJ: Eric Herrero

Serviço: Balé Macunaíma

  • Local: Theatro Municipal do Rio de Janeiro
  • Endereço: Praça Floriano, s/nº – Centro
  • Classificação: 14 Anos
  • Datas e Horários:
  • 14/6 (quarta) – estreia – 19h
  • 15/6 (quinta) – 19h
  • 16/6 (sexta) – 19h
  • 17/6 (sábado) – 19h
  • 18/6 (domingo) – 17h
  • Preços dos Ingressos:
  • Frisas e Camarotes – R$80,00 (ingresso individual)
  • Plateia e Balcão Nobre – R$60,00
  • Balcão Superior – R$40,00
  • Galeria – R$20,00
  • Vendas no Site: www.theatromunicipal.rj.gov.br ou na Bilheteria do Theatro


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