Ataque do Hamas deve fragilizar governo de Netanyahu
O ataque massivo do Hamas ao território de Israel neste sábado (07) deve aprofundar a crise política do gabinete do premiê e extrema direita, Benjamin Netanyahu.
Há uma percepção da necessidade de uma coalizão ampla no parlamento, incluindo partidos de oposição, para enfrentar o ambiente de guerra, diante da incapacidade visível do governo de liderar o país no atual estágio dos acontecimentos.
Netanyahu é um corrupto notório e sempre adotou a cartilha de guerra contra palestinos e outros vizinhos árabes como cortina de fumaça.
Seu governo promove massacres contra a população palestina, ocupando territórios assim como faz com a Síria, mantendo alianças com grupos terroristas contra o governo do presidente Bashar al Assad.
A diplomação belicista só agravou a insegurança em todo o Oriente Médio, sempre promovendo a imagem de superioridade armamentista. Com este ataque de grandes proporções, no entanto, o Hamas desmistifica a propaganda de invencibilidade de Israel.
As informações divulgadas pelo governo de Israel destacam que pelo menos 100 pessoas morreram e cerca de 500 ficaram feridas.
A reação das forças israelenses na Palestina causou mais 198 mortes, segundo autoridades médicas no território.
VÍDEO: Publicado neste sábado (07) pelas Forças de Defesa de Israel mostrando a transferência de militares para participarem da operação Espadas de Ferro contra o Hamas
Já a comunidade internacional que se apressou em condenar o ataque do Hamas é a mesma que faz silêncio diante dos ataques sistemáticos de Israel ao território sírio e o massacre contra a população palestina.
Ainda neste sábado, Israel decretou Estado de Alerta de Guerra, ordenando a mobilização dos reservistas. As Forças Armadas do país responderam com a operação Espadas de ferro e dezenas de aviões de combate bombardearam pontos da Faixa de Gaza.
Reunião da ONU em pauta
De acordo com reportagem divulgada pela Agência Brasil, o governo brasileiro anunciou que convocará reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), para tomar decisões sobre os ataques contra Israel. O Brasil está na presidência do conselho.
Em nota, o governo brasileiro condenou a série de bombardeios e ataques ao território ocupado por Israel.
“Não há justificativa para o recurso à violência, sobretudo contra civis. O governo brasileiro exorta todas as partes a exercerem máxima contenção a fim de evitar a escalada da situação”.
Segundo a nota do Ministério das Relações Exteriores, o Brasil reforçou ainda seu compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas.
“O Brasil expressa condolências aos familiares das vítimas e manifesta sua solidariedade ao povo de Israel”. Não há, até o momento, notícia de vítimas entre a comunidade brasileira em Israel e na Palestina.
“Reafirmamos que a mera gestão do conflito não constitui alternativa viável para o encaminhamento da questão Israel-Palestina, sendo urgente a retomada das negociações de paz. Lamentamos que em 2023, ano do 30º aniversário dos Acordos de Paz de Oslo, se observe deterioração grave e crescente da situação securitária entre Israel e Palestina”, diz a nota.
*Da Agência Fonte Exclusiva com EBC. Compartilhe esta reportagem do Diário da Guanabara, o melhor site de notícias do Rio de Janeiro.