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Ataque ao Iêmen: Bombardeio dos EUA e Grã-Bretanha devem agravar guerra no Oriente Médio

A cotação do petróleo bruto subiu mais de 4% nesta sexta-feira (12), depois que os EUA e o Reino Unido realizaram bombardearam alvos houthis no Iêmen, em resposta aos ataques do país a navios que atravessavam o Mar Vermelho.

Os futuros de referência global do Brent subiram 4,08% para negociação a 80,52 dólares por barril por volta das 11:30 GMT. O WTI, referência dos EUA, subiu 4,17%, a US$ 75 o barril. Ambos os benchmarks somavam ganhos de quase 1% durante o pregão anterior, colocando-os a caminho de uma segunda alta semanal consecutiva.

Nesta sexta-feira, o porta-voz dos houthis, Abdulsalam Jahaf, afirmou que Washington e Londres lançaram ataques contra o Iêmen, atingindo as cidades de Sanaa, Hodeida, entre outras, provocando a morte de 5 combatentes das forças iemenitas e deixando outras 6 pessoas feridas. A ofensiva foi realizada com mais de 100 mísseis, disparados contra 60 alvos.

As lideranças dos houthis prometeram responder aos ataques, que definiram como uma estupidez deliberada dos EUA e Grã-Bretanha. “Os americanos receberão uma resposta por sua estupidez”, anunciou Muhammad al-Bahiti, membro do Conselho Ansarullah do Iêmen por meio de uma postagem na rede social X, antigo Twitter. 

“A América e a Inglaterra perceberão em breve que a agressão direta contra o Iêmen é a maior estupidez da sua história”, destacou. 

Biden diz que ordenou os ataques 

O presidente dos EUA, Joe Biden, confirmou posteriormente os ataques, acrescentando que eles foram em resposta aos ataques de militantes houthis contra navios comerciais no Mar Vermelho.

“Esses ataques direcionados são uma mensagem clara de que os Estados Unidos e nossos parceiros não tolerarão ataques contra nosso pessoal ou permitirão que atores hostis coloquem em risco a liberdade de navegação em uma das rotas comerciais mais críticas do mundo.” disse Biden em um comunicado.

Os houthis, que governam 90% do território do Iêmen, atacam navios de carga comerciais no Mar Vermelho desde outubro em apoio ao grupo militante palestino Hamas em sua luta contra Israel. Como resultado, a principal rota comercial da Ásia para a Europa, que responde por quase 15% do tráfego marítimo global, foi interrompida.

Vários gigantes globais do transporte marítimo começaram a desviar seus navios do Mar Vermelho para o futuro próximo, enviando-os em vez disso para a viagem mais longa ao redor do Cabo da Boa Esperança, no extremo sul da África. O redirecionamento fez com que as taxas de frete de contêineres disparassem.

A Casa Branca publicou em seu site oficial uma declaração do presidente dos EUA, Joe Biden, sobre os ataques.

“Hoje, sob a minha orientação, as forças militares dos EUA – juntamente com o Reino Unido e com o apoio da Austrália, do Bahrein, do Canadá e dos Países Baixos – conduziram com sucesso ataques contra uma série de alvos no Iêmen usados   pelos rebeldes houthis para pôr em perigo a liberdade de navegação num das vias navegáveis  mais vitais do mundo”, diz a nota. 

Biden também afirmou que “estes ataques são em resposta direta aos ataques houthis sem precedentes contra navios marítimos internacionais no mar Vermelho – incluindo a utilização de mísseis balísticos antinavio pela primeira vez na história”.

O ato de hostilidade contra os houthis deve provocar uma agravamento da guerra no Oriente Médio, com reflexos na economia global, sobretudo, na cotação do petróleo. 

Diante do agravamento da situação, a Rússia  anunciou a convocação de uma reunião de emergência no Conselho de Segurança da ONU (CSNU) para esta sexta-feira (12). 

*Da EBC com edição da Agência Fonte Exclusiva. Compartilhe esta reportagem do Diário da Guanabara, o melhor site de notícias do Rio de Janeiro.

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