O Brasil não solicitou, no entanto, informação de quantos brasileiros pediram asilo político no país. A CNN apurou que passam de 100 os pedidos de refúgio na Argentina por alvos do inquérito do 8 de janeiro. Deste total, 47 são condenados ou têm mandado de prisão em aberto.
A Polícia Federal do Brasil prepara um pedido de extradição, que será encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Mais cedo, o porta-voz da presidência argentina negou haver um “pacto de impunidade” com o ex-presidente Jair Bolsonaro para decidir sobre conceder asilo político para os “foragidos” e pontuou que a decisão de um eventual pedido de extradição dessas pessoas será judicial.
Ele já tinha afirmado que os pedidos de refúgio serão analisados caso a caso, de acordo com os critérios para a concessão e seguindo a lei.
A Casa Rosada afirma que a Comissão Nacional para os Refugiados (Conare), que avalia e determina as concessões de refúgio, é autônoma. O organismo, no entanto, é composto por representantes dos ministérios do Interior, da Justiça, da Segurança e das Relações Exteriores, além de outros integrantes do governo.
Também participam do colegiado o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados e organizações não governamentais, mas sem direito a voto.
Até que haja uma decisão final da Conare, os solicitantes de asilo não podem ser presos ou extraditados. Caso o refúgio seja concedido, o pedido de extradição é desconsiderado. Não há um prazo, no entanto, para que a Conare tome uma decisão.