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Após desgaste com Paulo Pimenta, o governo vai encerrar o ministério do RS

Diante da forte pressão em sua base eleitoral, o ministro Paulo Pimenta (PT) retomará em setembro o comando da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), após passar quatro meses liderando a Secretaria Extraordinária estabelecida em resposta à tragédia das chuvas no Rio Grande do Sul.

De acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo, Pimenta pretende retomar seu posto na Secom no dia 12 de setembro, antes do fim da medida provisória que instituiu a pasta temporária.

A validade da medida provisória (MP) se estende até o dia 25 de setembro, após o qual será eliminada se não receber aprovação do Congresso Nacional. Pimenta mantinha a posição desde 15 de maio.

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O ministro confessou a seus aliados que sua preferência era reassumir seu posto no Planalto, independentemente da validade da MP que o nomeou.

Segundo a Folha, os aliados de Pimenta interpretam que ele se encontrou preso em um confronto entre opositores e simpatizantes do governo no Estado, situação que deve se agravar até outubro, durante a campanha eleitoral.

O trabalho de Pimenta na secretaria foi visto como tímido, e ele está voltando ao Planalto com críticas por sua atuação na Secom, que não agradou a certos membros do governo.

No momento, o jornalista Laércio Portela lidera interinamente a secretaria, conforme a publicação, ele recebeu elogios do presidente Lula, mas sem a garantia de que permanecerá no cargo.

Com saída de Pimenta, pasta deve se tornar secretaria 

O governo tem o plano de reestruturar o ministério do Rio Grande do Sul, tornando-o uma secretaria que se reporta diretamente à Casa Civil, ao mesmo tempo em que integra os postos de trabalho presentes na estrutura temporária. Espera-se que essa nova disposição seja mantida até o final do ano corrente, com um encerramento programado para fevereiro de 2025.

Pimenta, que possui aspirações eleitorais no Estado, foi alvo de críticas pela lentidão na implementação de planos federais, tais como a reabertura do Aeroporto Salgado Filho e do sistema de trens urbanos.

De acordo com fontes consultadas pelo jornal Folha, o ministro, atuando como representante do governo, tem sido alvo de queixas de empresários e produtores rurais.

Dentre as reclamações dos empreendedores, encontra-se a complexidade em obter crédito para a recuperação de negócios e a preservação de empregos. Por outro lado, os agricultores expressam insatisfação com as demandas impostas para a renegociação de dívidas. As informações são da Revista Oeste.