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Apagão da Enel mantém 11 mil imóveis em energia em São Paulo


Pelo menos 11 mil imóveis da Grande São Paulo ainda estão sem energia em função da tempestade da última sexta-feira (03). A informação foi confirmada pelo presidente pelo presidente da Enel (concessionária de energia), Max Lins, na manhã desta quarta-feira (08). 

Lins atualizou os números durante coletiva de imprensa na sede da empresa, localizada na zona sul da capital paulista. Ele afirmou que o restabelecimento nesses locais deverá ser finalizado ainda hoje. 

O apagão após o temporal que atingiu o estado de São Paulo na sexta impactou 2,1 milhões de pessoas atendidas pela Enel. Inicialmente, a empresa tinha informado que restabeleceria o fornecimento até ontem (07), o que não ocorreu.

A empresa tem um prazo de 30 dias para apresentar um plano de ressarcimento às famílias mais pobres que tiveram perdas em função do apagão, principalmente de alimentos.

Em reunião com a concessionária na terça-feira, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) propôs um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). A proposta é que sejam indenizados todos os consumidores que ficaram sem energia elétrica no estado. A empresa tem 15 dias para responder.

Sobre aterramento de fios, a Enel alega que o custo é muito alto e não cabe na conta do consumidor, acrescentando que o programa precisa ser aplicado com prudência, com estudos técnicos, demográficos e ambientais. Do contrário, avalia que é inviável.

Impacto no abastecimento de água

Na manhã desta quarta-feira, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) informou que pontos sem energia elétrica afetavam o abastecimento de água em trechos isolados em Cotia e Pirapora do Bom Jesus. 

A companhia afirma que continua trabalhando de forma emergencial para abastecer os locais críticos com caminhões-tanque.

O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Milton Leite, informou ontem que o plenário deve votar nesta quarta-feira a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o serviço prestado pela Enel na cidade. 

O documento que pede a abertura da CPI foi protocolado pelo vereador João Jorge, que criticou o trabalho feito pela concessionária. Ontem, 200 mil imóveis ainda estavam sem energia após a tempestade.

Fiscalização e punição 

O Consórcio Intermunicipal Grande ABC informou que vai cobrar rígida fiscalização e punição sobre as falhas no fornecimento da energia elétrica, de responsabilidade da Enel, em cidades da região após a tempestade do último dia 3. O grupo também solicitará que a empresa apresente um plano de ações aos municípios em caso de episódios semelhantes.

Nesta quarta, o Grupo de Trabalho (GT) Procon Regional deve fazer uma reunião para discutir medidas que os municípios podem tomar de forma conjunta e iniciar um levantamento regional sobre a falha no fornecimento de energia elétrica.

“A entidade regional irá oficiar cobrança de explicações e punições à concessionária a todos os agentes responsáveis pela fiscalização da concessão, como Ministério Público, Agência Reguladora dos Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) e Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)”, divulgou o consórcio, em nota assinada por Marcelo Oliveira, presidente do consórcio e prefeito de Mauá.

Ainda de acordo com o grupo, após reunião dos prefeitos com o governo estadual realizada na noite de segunda-feira, junto a representantes da Enel e Aneel, ficou decidido que a empresa tem 30 dias para ressarcir os comerciantes e munícipes que tiveram prejuízos por conta da demora no restabelecimento da energia elétrica nas cidades da região.

*Da Agência Brasil com edição da Agência Fonte Exclusiva. Compartilhe esta reportagem do Diário da Guanabara, o melhor site de notícias do Rio de Janeiro.

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