Antônio Sá: Não dá para confiar em governantes Tik Tokers
No dia 27 de março, fomos brindados com um preciso artigo do Elio Gaspari, nos jornais O Globo e Folha de São Paulo, cujo título é “O apodrecimento do Estado”.
Neste artigo, aquele importante articulista trata da trama do assassinato de Marielle Franco.
No entanto, senti falta nesse artigo da questão dos governantes Tik Tokers, que, em busca de votos (“só pensam naquilo”) dos eleitores de determinados políticos, divulgam vídeos ao lado destes políticos fazendo elogios rasgados a eles e a suas influências em determinadas áreas.
Sendo que, no entanto, demonstrando falta de coerência, aqueles governantes fogem daqueles políticos, como o diabo foge da cruz, quando estes são denunciados quando vem à luz do dia seus malfeitos antigos ou novos.
Esses governantes Tik Tokers nem se dignam a fazer autocrítica pública dos elogios que fizeram antes.
Diante da nova situação, a única resposta daqueles governantes sobre seus discursos no passado é um “retumbante” silêncio.
Chamo de governantes Tik Tokers aqueles que só vivem realizando atos de marketing (eleitorais ou não) (até com dancinhas e piadinhas à la TiK Tok) e divulgam nas redes sociais uma realidade que não existe no mundo real em que nós simples mortais contribuintes (sobre)vivemos.
Aquelas fuga e silêncio sinalizam que esses governantes Tik Tokers não seriam confiáveis em seus acordos políticos e nem em seus discursos para a população.
Para azar deles, felizmente, aqueles vídeos antigos podem ser acessados facilmente no mundo virtual.
Veja trecho interessante daquele artigo do Gaspari em que fica claro que a omissão em suas funções por parte dos governantes Tik Tokers também contribui para a situação pela qual estamos passando:
“Novamente, os bandidos que mataram Marielle relacionavam-se com o crime que age nas frestas da ausência do Estado, quer, na barafunda fundiária, quer na exploração da falta de segurança pública.”
Vai piorar.
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