Alertas de queimadas em 2024 são os mais altos dos últimos 7 anos
De 1º de janeiro a 28 de março de 2024, o Brasil contabiliza 14.240 alertas de queimadas, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O Metrópoles conversou com especialistas sobre os impactos das chamas em diferentes territórios brasileiros e as possíveis causas.
Os focos de queimadas são capturados por satélites e indicam que pontos geográficos captados por sensores têm temperatura acima de 47°C e área mínima de 900 m², segundo o Inpe. Esses dados são diferentes de focos de incêndio, que indicam a propagação das chamas.
Ane Alencar, diretora de Ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), explica que os dados de queimadas do Inpe são importantes para tomada de decisão dos governantes, apesar de não registrarem o tamanho da área atingida.
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Isso tem um valor fundamental para ajudar na ação, ajudar a saber se está ocorrendo fogo e para onde está indo. São fatores fundamentais para auxiliar no combate”, destaca Ane.
A diretora de Ciência complementa que as queimadas, normalmente, são geradas de forma intencional pela ação humana, como, por exemplo, na hora de realizar o manejo do pasto ou queimar biomassa da área desmatada.
Conforme o Inpe, as queimadas registradas neste ano ultrapassaram em 111% os números observados no mesmo período de 2023. O percentual recente também é maior do que o detectado nos últimos seis anos.
Nos primeiros 87 dias de 2023, foram observados 6.731 focos de calor no Brasil. Esse número foi de 6.282 no mesmo período em 2022 e, em 2021, de 6.525. Confira os alertas de queimadas detectados nos últimos anos no Brasil:
Os focos de calor se concentram, em sua maioria, na Amazônia (53,8%). Em seguida, constam Cerrado (24,9%), Mata Atlântica (9,8%), Caatinga (7,2%), Pantanal (3,9%) e Pampa (0,5%).
Fonte/Créditos: Metrópoles
Créditos (Imagem de capa): Ernesto Carriço/NurPhoto via Getty Images