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Abilio Brunini (PL) derrota petista e é eleito prefeito de Cuiabá

O deputado federal bolsonarista Abilio Brunini (PL) venceu o segundo turno da eleição neste domingo (27) e será o novo prefeito de Cuiabá.

Com 100% das urnas apuradas, o aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) obteve 53,80% dos votos válidos (ou 171.324 votos), contra 46,20% do deputado estadual Lúdio Cabral (PT), apoiado por empresários do agronegócio, que conseguiu 147.127 votos.

No segundo turno, Abilio recebeu o apoio do atual governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), e da maioria dos vereadores eleitos e deputados estaduais. Na pré-campanha, explorou a imagem do ex-presidente Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, ambos do PL. Pregou o discurso de que o PL seria o único partido da direita no estado. Porém, conseguiu aglutinar apenas o Novo, PRTB e DC.

Ao comentar o resultado na noite deste domingo, Abilio declarou que a sua vitória é a prova que ele melhorou como pessoa em relação a 2020, quando perdeu a eleição na capital.

“Eu acho que eu venci eu mesmo. Eu venci o ‘eu’ de 2020 e mostrei que eu podia ser uma pessoa que todo pode confiar e que posso superar as dificuldades”, disse na sede do partido.

Ele disse que ligou para o ex-presidente Bolsonaro para celebrar a vitória.

Emocionado, Abilio agradeceu a Deus e disse que na hora do resultado que confirmou sua vitória, estava apenas com a esposa e os filhos. E que a partir desta segunda (28) sentará com o seu grupo para pensar o processo de transição.

“Eu vou sair daqui, agradecer a Deus e depois vou reunir a minha da equipe e todo mundo que nos ajudou pra planejar o que que a gente vai fazer daqui pra frente”, completou. Ele planejava seguir para a igreja Assembleia de Deus para participar de um culto com familiares e apoiadores.

Adotou tom de enfrentamento para atrair eleitores. “Me chamam de louco porque não podem me chamar de corrupto”, disse durante a campanha. “Vote no louco”, estampavam várias camisetas de campanha dos seus apoiadores.

Ele recebeu apoio de outras lideranças nacionais da direita, como os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG), Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o ex-procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol (Novo).

Além de focar o antipetismo, Abilio conseguiu colar o desgaste do atual prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) no petista.

Abilio terá como vice-prefeita a tenente-coronel da PM, Vânia Costa. Sua esposa, a vereadora eleita Samantha Iris (PL), foi a mais votada para a Câmara de Cuiabá.

Já o adversário Lúdio Cabral contou com apoio de empresários do agronegócio como o empresário Elusmar Maggi, sócio do Grupo Bom Futuro, um dos barões do setor agropecuário e primo do ex-governador Blairo Maggi.

“Eu quero o voto de todos vocês. Peçam a vizinhos, parentes, a namorada, o namorado, amiga ou amigo, o pai, a mãe, o filho, o sobrinho, o tio, o neto e o vizinho, ao da direita, da frente e de trás. Vamos eleger o Lúdio”, conclamou o empresário no dia 19.

O petista conseguiu atrair o PSD, comandado pelo senador licenciado e ministro da Agricultura Carlos Fávaro, que tem a filha, jornalista Rafaela Fávaro (PSD), como vice-prefeita do petista.

Neste domingo, Lúdio declarou que procurou fazer uma campanha propositiva e de união, e não de embate e polarização com o prefeito eleito.

“A campanha adversária ela procurou explorar a polarização, a divisão, o conflito. Nós buscamos o tempo todo deixar muito claro que o nosso propósito era construir um governo de união com as melhores pessoas, independente de partido político, independente de ideologia”, disse.

Quem é Abilio Brunini

Abilio Brunini tem 40 anos e é arquiteto-urbanista. Sua família comandou por décadas a Assembleia de Deus em Mato Grosso. Entrou na politica em 2016, quando foi eleito vereador pelo PSC no palanque do atual prefeito Emanuel Pinheiro.

Rompeu com ele em 2017 e passou a atuar na oposição. Migrou para o Podemos e lançou-se candidato a prefeito em 2020. Chegou ao segundo turno em primeiro lugar. No entanto, acabou sendo derrotado por Emanuel Pinheiro.

Seguidor de Bolsonaro, Brunini migrou para o PL em 2022, e foi eleito deputado federal. Chegou a pedir novas eleições após o segundo turno, quando Bolsonaro foi derrotado pelo presidente Lula (PT).

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