NotíciasPolítica

A matemática do União Brasil nas negociações com o governo Lula em busca de mais cargos em troca de votações

Essa é mais uma notícia que compartilhamos aqui com você, é a i99 notícias sempre a frente.

Enquanto o Planalto tenta montar uma base de apoio minimamente sólida
no Congresso, lideranças do União Brasil fazem cálculos que visam
justificar os pedidos feitos pelo partido até aqui durante as negociações com
o governo Lula. Embora já tenha sido contemplada com três
ministérios na Esplanada, a legenda reivindica mais espaço na gestão
petista, sob o argumento de ter a capacidade de oferecer muito mais votos a
Lula na Câmara e no Senado em relação a outros aliados do presidente.
O União Brasil ganhou um valor estratégico não apenas pela representatividade
no Congresso, como também por ser um dos únicos partidos de centro-direita
que ainda não tinha definido sua forma de atuação na legislatura desse ano. A
sigla conta com 59 parlamentares na Câmara e 10 no Senado e, diante da
configuração atual, pode assumir o papel de fiel da balança de Lula no
parlamento.

Apesar de abrigar uma ala bolsonarista, a legenda, controlada por Luciano
Bivar, com quem Lula mantém boa relação, é formada por uma maioria
independente. Na Câmara, por exemplo, 20 parlamentares são declaradamente
opositores de Lula, 5 são governistas e outros 34 devem flutuar entre votações
favoráveis ou não ao Planalto.
A reclamação de alguns caciques do União Brasil por mais cargos visa
justamente afagar essa última ala volúvel do partido. As vagas em questão
ainda não foram definidas e estão sendo discutidas pelo Planalto. Elas podem
envolver órgãos cobiçados por parlamentares, como a Companhia de
Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), até
então controlada pelo centrão e que executou boa parte das obras pagas com
verbas das emendas de relator; além da direção do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE), responsável pelos programas de
educação básica e dono de um orçamento previsto de R$ 3,1 bilhões em 2023 –
também sob tutela de políticos do centrão até 2022.
Se todos os congressistas ligados aos partidos de esquerda e aos três de centrodireita já contemplados na aliança do petista (MDB, PSD e União Brasil) de
fato apoiarem o presidente, o governo poderá contar com 287 votos dos 513 na
Câmara; e 47 dos 81 no Senado. Embora seja expressivo e garanta maioria, esse
número ainda assim não seria suficiente para aprovar algumas matérias, como
propostas de emendas à Constituição. Nesses casos, são necessários 308 votos
na Câmara e 49 no Senado.

veja

source
Obrigado por estar conosco!

Compartilhe:
WP Twitter Auto Publish Powered By : XYZScripts.com