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A investigação que está tirando o sono do deputado Arthur Lira 

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), é alvo de uma investigação da Polícia Federal (PF), no âmbito da Operação Hefesto, por suspeita de envolvimento em um suposto esquema de corrupção envolvendo seu ex-assessor, Luciano Cavalcante, e o motorista Wanderson Ribeiro Josino de Jesus.

As suspeitas envolvem compra fraudulenta de kits de robótica para 43 cidades no Estado de Alagoas, base eleitoral do parlamentar, entre os anos de 2019 e 2022.  

Durante as investigações, os agentes da PF encontraram uma série de anotações de pagamentos em nome de uma pessoa identificada como “Arthur”. O material estava na casa de Wanderson,

Os agentes apuram se o beneficiário deste pagamento é o presidente da Câmara dos Deputados. O relatório destaca que o nome do deputado aparece em transferências que ultrapassam a quantia de R$ 265 mil

A Operação Hefesto foi deflagrada para apurar indícios de fraude na compra de kits de robótica, na ordem de R$ 8 milhões, com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Apesar da relação entre Wanderson e Arthur Lira, ainda não é possível confirmar que o nome “Arthur” que aparece nas anotações é o presidente da Câmara. Na relação de pagamento também aparece um nome “Álvaro” e Lira tem um filho com o mesmo nome.

Outro nome que aparece é “Dona Ivonete”, o mesmo nome da mãe de Arthur Lira. Na relação de pagamento também consta transferência para o Hotel Emiliano, onde o parlamentar costuma ficar hospedado sempre que viaja a São Paulo.

Registros da Força Aérea Brasileira (FAB) comprovam que o presidente da Câmara dos Deputados embarcou para a capital paulista no mesmo dia em que foi contabilizado um repasse para o Hotel. 

O nome de Djair, que também aparece como destinatário de pagamentos superior a R$ 29 mil, é o mesmo nome de um secretário de Lira que já foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF. Ele foi acusado de integrar um esquema de rachadinha na Assembleia Legislativa de Alagoas.  

Sobre a Operação Hefesto

No âmbito das investigações, os agentes da Polícia Federal realizaram buscas em 27 endereços ligados às pessoas que estão sob investigação, entre eles Luciano Cavalcante, que estava lotado na liderança do PP na Câmara. Ele foi exonerado após a operação. Na listagem de pagamentos manuscrita constam os registros de pagamentos.

Há fortes indícios de superfaturamento e direcionamento na compra dos kits de robótica para escolas públicas. O Tribunal de Contas da União (TCU) já havia investigado o procedimento de compras e determinado a suspensão de contratos entre as prefeituras de Alagoas e Pernambuco.

*Da Agência Fonte Exclusiva. Compartilhe esta reportagem do Diário da Guanabara, o melhor site de notícias do Rio de Janeiro.

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