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'A gente segue apesar de tudo', diz Anielle em 1º evento público após demissão de Silvio Almeida

Onze dias após as denúncias de assédio sexual que resultaram na demissão de Silvio Almeida (Direitos Humanos), a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, participou pela primeira vez de um evento público nesta terça (17). Sem falar diretamente sobre o caso, ela disse que as mulheres precisam exercer o protagonismo em cargos de liderança sem o risco de saírem desses espaços pela violência de terceiros.

“Se a gente passa o microfone para cada uma de vocês, certamente a gente teria muitas histórias em comum e por esse motivo, como diz Conceição Evaristo, fazem com que a gente possa seguir lutando por um projeto político de país que a gente acredita”, disse.

“Nesse projeto político de país, que eu acredito e que certamente vocês também acreditam, passa por termos lugares como esse, mulheres a frente de espaços de poderes, de decisão sendo protagonistas de suas histórias sem que nenhuma pessoa possa tirá-la apenas por violentar”, acrescentou.

A ministra ressaltou a importância de garantir a presença de mulheres em espaços de liderança e tomadas de decisão. “A gente segue apesar de tudo, a gente sempre vai seguir”, disse.

A declaração foi feita durante o evento Mulheres na Liderança por um Brasil Mais Seguro, promovido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Após as denúncias de assédio sexual virem à tona, a ministra tinha tirado férias —ela seria uma das vítimas. Num primeiro momento, Anielle tinha se pronunciado apenas por meio de uma nota nas redes sociais, no dia em que o ministro foi exonerado.

O presidente Lula (PT) o demitiu no último dia 6 após as acusações de assédios sexual, que foram encaminhadas para a organização Me Too Brasil.

A saída de Almeida do governo foi confirmada por nota da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência). O texto afirma que as denúncias eram “graves” e que Lula considerou “insustentável” a permanência do ministro.

“O governo federal reitera seu compromisso com os direitos humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, dizia o comunicado.

Silvio Almeida negou todas as acusações após as denúncias terem vindo a público.

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