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MSC acerta compra de controle da Wilson Sons por R$ 4,352 bilhões

A Wilson Sons anunciou um acordo para a venda de seu controle para a SAS Shipping Agencies Services Sàrl, subsidiária integral da MSC (Mediterranean Shipping Company). O contrato prevê a venda de toda a participação de 56,47% detida pela britânica Ocean Wilsons Holdings Limited (OWHL), atual controladora da Wilson Sons, por R$ 4,352 bilhões.

O Tecon Rio Grande, terminal operado pela Wilson Sons, com quase 30 anos de atuação, entrou no negócio. Ele é o porto brasileiro mais bem avaliado no ranking nacional, sendo considerado o mais eficiente do Brasil, na abordagem administrativa do Índice Global de Desempenho Portuário de Contêineres do Banco Mundial (CPPI) e IHS Markit.

O terminal também é o único representante brasileiro a figurar entre os 50 melhores portos do mundo, de acordo com a mesma abordagem. O índice analisou mais de 300 instalações em todos os continentes e utilizou dados dos maiores armadores do mundo, responsáveis por 76% da movimentação global de contêineres.

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A entrada da MSC na Wilson Sons ocorre poucas semanas após a francesa CMA CGN ter anunciado a compra do controle da Santos Brasil, operadora do Tecon Santos, o maior terminal do país. Havia a expectativa, na época, de que a MSC, que já atua na região portuária de Santos, adquirisse o controle da Santos Brasil.

A Wilson Sons opera importantes terminais de contêineres na Bahia e no Rio Grande do Sul (RIO GRANDE), além de atuar na gestão de centros logísticos e no apoio à indústria de óleo e gás. A venda do controle da Wilson Sons será realizada a R$ 17,50 por ação, representando um múltiplo EV/EBITDA implícito de 8,7x pré-IFRS16.

Embora o valor seja 2% inferior à última cotação de fechamento, ele é 6,3% superior ao preço do início da semana passada, quando a Wilson Sons informou ter recebido uma carta do fundo de private equity I Squared sobre a intenção de compra de 100% da companhia. Na ocasião, a OWHL afirmou que estava em discussões com outro potencial comprador.

O fechamento da transação está sujeito à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ).