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Janja diz não saber se Lula vai a SP para eleição e que ele só volta ao Planalto na segunda

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, disse nesta quarta-feira (23) que a viagem do presidente Lula (PT) para São Paulo para a eleição no próximo domingo ainda é incerta. Ele se recupera de um acidente doméstico, em que bateu a cabeça e teve de tomar pontos na nuca.

Janja disse ainda que Lula voltará a despachar do Palácio do Planalto na próxima segunda-feira (28). Nesta semana, ele está trabalhando no no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência.

“Presidente está bem, trabalhando, mas vai ficar em casa até domingo. A gente vai resolver ainda se vai ou não a São Paulo no fim de semana, conforme orientação médica”, disse Janja a jornalistas.

O presidente realizou na manhã de terça-feira (22) uma nova bateria de exames, três dias após ter batido a cabeça em um acidente doméstico. Ele foi liberado pelos médicos para exercer as suas atividades na Presidência.

O boletim divulgado pela unidade de Brasília do Hospital Sírio-Libanês informa que o quadro é estável e que Lula está “apto a exercer a sua rotina de trabalho”. O exame deverá ser repetido em até 72 horas.

Janja disse se tratar de exames de controle. “Está tranquilo, normal, participou hoje da reunião dos Brics. Exames de controle agora só”, afirmou.

Nesta manhã, Lula defendeu, em discurso por videoconferência na cúpula dos Brics, que o bloco deve ser um instrumento do multilateralismo sem que isso signifique um rompimento com outros países.

A campanha de Guilherme Boulos (PSOL) em São Paulo tem a expectativa de que o presidente participe de alguma atividade no sábado (26), véspera da votação, desde que tenha liberação médica.

Lula, que costurou o apoio do PT ao candidato do PSOL, teve uma presença na capital paulista menor do que a esperada por aliados. No fim de semana, foram cancelados dois atos de campanha com a participação do presidente por causa da chuva. No primeiro turno, também houve compromissos desmarcados.

O petista vota em São Bernardo do Campo (SP), onde seu candidato, Luiz Fernando Teixeira Ferreira (PT), ficou em terceiro lugar e não passou para o segundo turno.

Reforma do Alvorada

Janja foi à portaria do Alvorada de surpresa nesta quarta para conversar com a imprensa. O local passará por reformas e foi retirada a estrutura de apoio aos profissionais da área, como mesas e cadeira.

O sindicato de jornalistas do Distrito Federal enviou nesta manhã um ofício para a Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência), em que “solicita providências urgentes”, como instalação de tendas, mesas e cadeiras, além da disponibilidade de tomadas de energia, com segurança, para assegurar “trabalho seguro e digno”.

Janja disse que as empresas de comunicação que tiverem interesse podem fazer instalações provisórias no local, com tendas, até domingo. Ainda não há uma solução para enquanto não a reforma não estiver pronta.

“Vou tentar agilizar alguma outra estrutura que possa proteger vocês até o fim do mandato. A gente vai organizar junto com a Secom”, disse.

Os jornalistas que cobrem a Presidência ficam em frente ao Palácio da Alvorada quando o presidente está no local.

Há uma pequena sala ao lado da portaria do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) que servia como comitê de imprensa, com um sofá de dois lugares, uma poltrona e uma mesa redonda com quatro cadeiras. Ao lado, uma tenda com diversos bancos para eventuais visitantes ao palácio.

No início da gestão Lula 3, houve a promessa de reforma no local, que estava com instalações antigas e estrutura precária. Neste ano, com o argumento da reforma, há cerca de dois meses, o Planalto tirou a tenda e os bancos e passou a usar a sala para armazenar itens como raio-X e cadeiras.

Desde então, a imprensa fica sob a sombra de uma mangueira em frente à portaria, com cadeiras improvisadas de praia ou mesmo se abrigando dentro dos carros. A situação foi agravada diante das intensas chuvas na capital federal.

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