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Crescimento de 56,2% na Economia do Audiovisual Impulsiona Setor no Rio de Janeiro

Fotos : Rafael Catarcione/RioTur

A Prefeitura do Rio divulgou nesta quarta-feira (23/10) o estudo inédito “Economia do Audiovisual Carioca”, revelando que o setor audiovisual teve um crescimento econômico de 56,2% nos últimos três anos. Agora, o setor ocupa a décima posição em movimentação econômica na cidade, com um impacto de R$ 4,2 bilhões em 2023. O estudo também mostra que o mercado emprega mais de 20 mil trabalhadores, consolidando-se como um dos principais motores da economia carioca.

O levantamento foi realizado pelas secretarias de Desenvolvimento Urbano e Econômico (SMDUE) e de Cultura (SMC), além da RioFilme. Diante dos resultados, o prefeito Eduardo Paes destacou a relevância do setor e anunciou a continuidade dos investimentos para impulsionar ainda mais o audiovisual na cidade.

“Essa indústria do audiovisual vai além da geração de ISS (Imposto sobre Serviços) e empregos. O grande ativo do Rio é a sua imagem, construída não só por nossas belezas naturais, mas pela rica produção cultural, especialmente no audiovisual” afirmou Paes.

O estudo detalha a contribuição do setor para a cidade, destacando a geração de empregos qualificados com baixo impacto ambiental e um forte efeito multiplicador. Em 2023, a arrecadação de ISS no setor audiovisual chegou a R$ 72,1 milhões.

“Criamos um círculo virtuoso, estimulando a produção, pós-produção, distribuição e infraestrutura do audiovisual”, explicou o secretário de Cultura Marcelo Calero.

Já o subsecretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação, Marcel Balassiano, apontou que a Prefeitura trabalha para transformar o Rio na capital da inovação da América Latina, com o audiovisual sendo parte fundamental desse movimento.

“O setor movimentou mais de R$ 4 bilhões em arrecadação de impostos no ano passado e emprega formalmente 20 mil pessoas. Além de fortalecer a imagem da cidade, ele impulsiona o desenvolvimento econômico,” destacou Balassiano.

O presidente da Ancine, Alex Braga, também elogiou o trabalho realizado no Rio, afirmando que a cidade serve de exemplo para outros municípios ao investir em produção, infraestrutura e capacitação.

Entre 2021 e 2023, a Prefeitura investiu R$ 139,4 milhões no setor audiovisual, por meio do programa Pró-Carioca Audiovisual da RioFilme, com R$ 60,8 milhões aplicados em 2023. Nesse período, a cidade registrou 7,9 mil diárias de filmagem, superando grandes centros internacionais como Paris e Cidade do México.

“Os investimentos atraem equipes, que se hospedam, consomem nos restaurantes e geram receitas para a cidade,” ressaltou o presidente da RioFilme, Eduardo Marques.

Editais Inclusivos e Foco na Diversidade

Desde 2021, os editais da RioFilme incluem critérios de inclusão, oferecendo pontuação adicional para propostas lideradas por mulheres, negros, indígenas, pessoas com deficiência e pessoas trans. Proponentes de áreas com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), como a zona Norte, Oeste e favelas do Rio, também recebem pontuações extras.

Entre 2021 e 2023, a RioFilme recebeu 2.905 propostas, sendo 18% de áreas de menor IDH. Dessas, 29% foram selecionadas, demonstrando a qualidade dos projetos. O aumento de propostas lideradas por pessoas negras, indígenas, trans ou com deficiência foi ainda mais expressivo, com 45% das propostas selecionadas, uma diferença de 73% em relação aos inscritos.

Perspectivas do Mercado Audiovisual

Audiovisual Foto BETH SANTOS1 Crescimento de 56,2% na Economia do Audiovisual Impulsiona Setor no Rio de Janeiro
Foto: Beth Santos

Segundo a Pesquisa Global de Entretenimento e Mídia (E&M) 2023-2027, realizada pela PWC, as receitas do setor de entretenimento e mídia devem alcançar US$ 2,8 trilhões globalmente até 2027. No Brasil, a projeção é de US$ 41,3 bilhões até 2027. O mercado cinematográfico brasileiro, o nono maior do mundo, deve atingir US$ 707 milhões em 2026, superando os US$ 638 milhões de bilheteria alcançados em 2019, antes da pandemia.

Outro estudo, realizado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em parceria com a Netflix, revela que Argentina, Brasil e México são as maiores indústrias audiovisuais da América Latina, com uma receita total de US$ 20 bilhões em 2021. Para cada US$ 10 gastos no setor, entre US$ 6 e US$ 9 são gerados na cadeia de suprimentos, e para cada dez empregos no setor, entre cinco e sete são criados em outras áreas da economia.

O estudo completo sobre a Economia do Audiovisual Carioca está disponível no Observatório Econômico do Rio e no Observatório do Audiovisual Carioca.

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