Turismo

Preso no México, me rendi à tequila

Eu tinha chegado à Cidade do México e, apesar das restrições, ela tinha mantido o ritmo de uma cidade grande trabalhando intensamente. Eu não fiquei na capital por muito tempo, porque Guadalajara era o primeiro destino do meu roteiro e eu não queria mudar os meus planos.

Guadalajara, frequentemente chamada de berço da música mariachi e reconhecida pela produção de tequila, fez jus a tudo o que eu sabia até então a respeito do local. Eu cheguei pela manhã, e assim que possível, iniciei o meu tour pelo centro histórico da cidade. Pude ver a arquitetura com traços barrocos e neoclássicos, e mesmo sob a diferença de idiomas, me comuniquei com pessoas que senti afinidade.

Na manhã seguinte, junto com estes novos companheiros de estrada, fomos à cidade de Tequila, onde se originou a famosa bebida. A cidade é cercada por campos de plantações de agave-azul, que é a matéria-prima no processo de produção. A região mais importante possui uma grande concentração de destilarias, e uma boa parte oferece passeios guiados com o objetivo de apresentar a dinâmica de fabricação.

O conhecimento é valioso, e há uma degustação ao término de cada sessão. Nós visitamos três destilarias, e na terceira eu estava sentindo os efeitos de tantas degustações! É incrível conhecer a variedade de tequilas de perto e notar o orgulho que cada destilaria tem em realizar o seu trabalho.

Posteriormente, um miniônibus em formato de barril de tequila nos levou ao mercado central para o almoço. Lá, escolhi experimentar um prato mexicano chamado Birria, um prato tradicional da região de Jalisco —um ensopado picante feito com carne bovina ou de cabra, servido com tacos ou quesadillas e um caldo de acompanhamento.

Alguns dias depois disso, voltei à Cidade do México. Desta vez, ela me lembrou muito São Paulo. A cidade estava bem movimentada, calorosa e cada rua despertava uma curiosidade nova. Cada canto estava repleto de vendedores de comida de rua, música com estilo e comércio diversificado. Eu aproveitei meu tempo para provar algumas refeições que estavam sendo servidas ali, como tacos, churros e tamales. Sempre tentando absorver um pouco da história dos moradores locais e também da cidade em si.

Minha viagem terminou em Saltillo, onde participei do casamento do meu melhor amigo. Os casamentos mexicanos soaram familiar para mim, porque a empolgação tende a se estender até as primeiras horas da manhã seguinte. No entanto, teve uma singularidade: a tequila correu solta durante toda a celebração! O casal disponibilizou chinelos para que os convidados pudessem dançar confortavelmente. Um pequeno detalhe que, além de ser um gesto gentil, colaborou para a longa duração da festa.

O meu tempo no México foi gratificante, porque eu me diverti muito mesmo estando em uma outra cultura. Foi uma das viagens em que mais dei risada, já que me identifiquei com o humor mexicano. Em especial, degustar tequila direto da fonte é uma experiência exclusiva do México, e deste país eu saio dizendo: “bailemos hasta el amanhecer”!


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