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Onde estão os políticos que mais vezes concorreram à Prefeitura de São Paulo

Noventa e dois políticos tentaram ou tentam chegar ao comando da maior cidade do país, de 1985 a 2024. Dentro desse pelotão, três figuras se destacaram pelo número de tentativas, cinco vezes cada uma.

Luiza Erundina (PSOL), 89, Paulo Maluf (PP), 92, e Levy Fidelix (PRTB), que morreu em 2021, aos 69 anos, são os recordistas de tentativas de virar prefeito de São Paulo pelo voto direto.

Erundina —que continua ativa, como deputada federal— teve êxito já na primeira tentativa, em 1988, quando ainda era filiada ao PT. Ela derrotou Maluf e se tornou a primeira mulher e a primeira esquerdista a comandar a capital paulista.

Nas tentativas seguintes, porém, em 1996, 2000, 2004 e 2016, não obteve sucesso. Nessa última, terminou a disputa em quinto lugar. Em 2020, foi vice na chapa também derrotada de Guilherme Boulos (PSOL).

A Folha tentou falar com Erundina, mas sua assessoria disse que a sua agenda de compromissos não permitia uma entrevista.

Já Maluf foi prefeito e governador biônico no período da ditadura militar. Ele disputou a primeira eleição para prefeito em 1988, quando foi derrotado por Erundina. Quatro anos depois, em 1992 conseguiu superar Eduardo Suplicy (PT) e chegar ao poder.

A popularidade adquirida no mandato lhe permitiu eleger com folga o sucessor, o seu então secretário de finanças, Celso Pitta.

A administração Pitta, porém, foi manchada por escândalos de corrupção e baixa popularidade, o que marcou o início da derrocada de Maluf na tentativa de repetir a dose na cidade ou chegar ao governo do estado.

Ele disputou e perdeu as eleições municipais de 2000, 2004 e 2008, nessa última obtendo seu pior resultado, 5,9% dos votos válidos, e ficando em quarto lugar.

Apesar disso, o ex-prefeito e ex-governador manteve capital político suficiente para selar um inusitado acordo com o PT em 2012 e apoiar a candidatura de Fernando Haddad. O pacto foi selado mediante fotos com a presença do candidato e de Lula nos jardins da casa do ex-rival.

Maluf está fora da vida pública desde 2018 e vive atualmente recluso em sua casa, em São Paulo, restrito à convivência com familiares.

Em maio de 2017, ele foi condenado pela Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) à prisão em regime fechado por desvio de dinheiro na construção da avenida Água Espraiada (atualmente avenida Roberto Marinho), além da perda do mandato de deputado federal. Em outra ação, foi sentenciado por falsidade ideológica para fins eleitorais na campanha de 2010.

Maluf começou a cumprir pena no presídio da Papuda, em Brasília, mas, em 2018, obteve autorização para prisão domiciliar. Em 2023, o STF declarou extintas as suas penas privativas de liberdade em decorrência do indulto natalino do ano anterior.

Já Fidelix era fundador e presidente do nanico PRTB e chegou a disputar eleições não só para prefeito, mas para vereador, deputado federal, governador e presidente da República. Jamais foi eleito.

Nas eleições municipais, inscreveu-se em 1996, 2008, 2012, 2016 e 2020, nunca tendo tido mais do que 0,4% dos votos válidos.

Em 2024, o seu partido tentou levar ao comando da cidade o autodenominado ex-coach Pablo Marçal, que acabou em terceiro lugar.

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