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Mulher é agredida, torturada e arrastada de joelhos com coleira de cachorro por traficantes na Zona Oeste

Uma mulher, de 41 anos, sofreu uma tentativa de feminicídio e foi torturada por mais de sete horas, desde o final da noite de ontem até o início da manhã desta terça-feira, na comunidade do Jordão, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. O marido Helder Carlos dos Santos Rubim, de 40 anos, preso por tentativa de feminicídio, teria a agredido e mandado traficantes do Jordão a sequestrar para matá-la. Antes de conseguir fugir, a mulher teve os pés e as mãos amarrados para trás, eles teriam prendido o pescoço dela com uma coleira e coberto o rosto com um saco plástico. A vítima levou coronhadas e foi obrigada a andar de joelhos para “subir a comunidade como cachorro” enquanto os homens a puxavam pela coleira. Eles ainda teriam jogado gasolina para atear fogo no corpo dela ainda viva.

A Polícia Civil localizou e prendeu Helder Carlos em flagrante na manhã desta terça-feira. Os outros três homens envolvidos no crime ainda não foram identificados. O caso está sendo investigado pela 32ª DP (Taquara), que já solicitou medidas protetivas para a mulher. De acordo com a investigação, o acusado tem passagem criminal por tráfico de drogas.

Segundo o depoimento da vítima, as agressões começaram por volta das 22h de segunda-feira, quando teria discutido com o marido. Conforme relatou, ele teria usado drogas e ingerido bebida alcoólica. Durante o desentendimento, ele começou a agredi-la com socos, chutes e garrafadas.

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Após as agressões, ela tentou ir para a casa da mãe na comunidade Malvinas, mas foi pega no caminho por três homens do tráfico de drogas do Jordão, dominada pelo Comando Vermelho. Eles teriam dito à mulher que o marido determinou que eles a sequestrassem e a matassem. Segundo o relato dela, Helder Carlos é frequentador da comunidade e “tem amizade íntima com os traficantes”.

Já na parte alta da comunidade, eles amarraram os pés e as mãos para trás e a colocaram coleira no pescoço. Ela foi torturada com um saco plástico na cabeça, levou coronhadas e foi obrigada a andar pelo Jordão “que nem cachorro” sendo puxada pelos homens. Após algumas horas, eles ainda teriam jogado gasolina no corpo da vítima, dizendo que iriam matá-la.

Ainda segundo o relato, a mulher conseguiu fugir e teria sido capturada novamente. Nesse momento, eles a jogaram do alto de um morro, mas ela teria sobrevivido e pedido. A mulher tem hematomas nos joelhos, pulsos, pés e cortes na cabeça. Ela foi socorrida para a UPA da Taquara.

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