Oposição diz à OEA que González “ganhou em todos os estados”

A oposição majoritária na Venezuela garantiu, nesta terça-feira (15), na Organização dos Estados Americanos (OEA), que seu representante, Edmundo González Urrutia, “ganhou” as eleições presidenciais de 28 de julho em “todos” os 23 estados do país, além de Caracas, o que considera um “triunfo irreversível”.

As evidências que cada um de nós tem mostram que Edmundo González Urrutia é o presidente eleito da Venezuela – disse Gustavo Silva, membro da equipe de campanha da maior coalizão de oposição, a Plataforma Unitária Democrática (PUD), na apresentação de um relatório sobre as eleições à OEA em Washington, Estados Unidos.

Silva também disse que o candidato da PUD “também venceu” em “todos” os “municípios com pobreza moderada, pobreza intermediária e alta pobreza”.

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Segundo o integrante da equipe de campanha, esse resultado – ao contrário do anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que proclamou a reeleição do presidente Nicolás Maduro – baseia-se em “83,5% dos resultados” obtidos graças aos “esforços de milhares de cidadãos” que foram testemunhas e membros da seção eleitoral.

Como “prova” da autenticidade das atas coletadas, ele explicou os detalhes da “anatomia” desses documentos, incluindo o “código alfanumérico ou HASH” que, de acordo com o relatório, “incorpora dados associados à seção eleitoral”, a “seção eleitoral, a hora e a data da impressão e a máquina que a imprimiu”.

De acordo com o relatório, até hoje, mais de dois meses após as eleições presidenciais, o CNE “não foi capaz de mostrar evidências para apoiar” a reeleição de Maduro, e – segundo o relatório – “ninguém foi capaz de refutar com argumentos confiáveis as informações publicadas” pela PUD.

Além disso, Silva comentou que, apesar da “luta” por uma “solução pacífica e democrática” para a crise venezuelana, González Urrutia está atualmente vivendo em “exílio forçado”, a líder antichavista María Corina Machado está “escondida” e seis integrantes da oposição estão se refugiando na residência oficial da Embaixada da Argentina em Caracas, enquanto “muitos integrantes” da coalizão estão detidos.