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Datafolha: 58% acham que Marçal deveria apoiar Nunes, e 21%, Boulos

A maioria dos eleitores da cidade de São Paulo diz que Pablo Marçal (PRTB), detentor de 28% dos votos para prefeito no primeiro turno, deveria apoiar o prefeito Ricardo Nunes (MDB) no segundo turno, mostra pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta (11).

A parcela dos que acham isso é de 58%. Outros 21% opinam que ele deveria ficar do lado do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), e 16%, que ele não deveria apoiar ninguém.

Marçal já afirmou que não vai indicar voto em nenhum dos dois —num recuo em relação à sua primeira declaração, quando disse que poderia ficar do lado de Nunes, caso o prefeito adotasse algumas de suas propostas. O emedebista também já afirmou não querer seu endosso e que não o aceitaria em seu palanque.

Na última terça (8), o influenciador declarou que só mudaria de ideia se o próprio Nunes, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) e o pastor Silas Malafaia se retratassem com ele.

Também disse acreditar que Boulos venceria com a ajuda de seus eleitores. O levantamento do Datafolha, porém, indicou que 84% dos que dizem ter votado em Marçal agora vão com Nunes, que é o candidato nominalmente apoiado por Bolsonaro. Ele tem 55% das intenções de voto totais, contra 33% de Boulos.

Os eleitores se dividem quanto a quem Tabata Amaral (PSB), que ficou em quarto lugar com 10% dos votos no primeiro turno, deveria apoiar: 44% defendem seu endosso a Nunes e os mesmos 44%, a Boulos —em quem ela declarou seu voto. Outros 7% respondem que ela não deveria estar do lado de nenhum deles.

A campanha do prefeito conta já com a adesão de Marina Helena (Novo) e da federação PSDB/Cidadania, que concorreu com José Luiz Datena (PSDB), embora o próprio apresentador tenha dito que não vai apoiar ninguém. Ambos somaram pouco mais de 3% dos votos no primeiro turno.

Para 51%, Datena deveria apoiar Nunes e para 34%, Boulos. Os que acreditam que ele não deveria declarar seu endosso a ninguém são 9%.

O Datafolha entrevistou presencialmente 1.204 eleitores paulistanos na terça (8) e na quarta-feira (9). Encomendado pela Folha e pela TV Globo, o levantamento está registrado na Justiça Eleitoral sob o código SP-04306/2024. A margem de erro é de três pontos, para mais ou para menos.

Em outra pergunta, 86% dos paulistanos dizem que os candidatos que concorreram no primeiro turno deveriam estar mais preparados para enfrentar os problemas da cidade. Já 13% responderam que os postulantes estavam à altura do que São Paulo precisa.

Momento da decisão do voto

O Datafolha perguntou ainda em que momento os eleitores de São Paulo decidiram seu voto para prefeito. A maior parte (63%) afirma ter tomado a decisão pelo menos um mês antes da eleição. Os que definiram 15 dias antes somam 13%. Outros 9% afirmam que fizeram isso uma semana antes, 4%, na véspera, e 10%, apenas no dia da eleição.

A taxa de abstenção no último domingo (6) foi de 27,34% na capital paulista, semelhante à de 2020, de 27,3%. Entre os motivos elencados para não terem ido às urnas, a maior parte dos entrevistados apontou estar em viagem ou fora da cidade (23%) ou não ter interesse na eleição ou nos candidatos (21%).

Há também os que declararam estar com problema de saúde (18%), estar trabalhando (15%) ou ter um local de votação muito distante (5%). Além desses, 1% não foi porque não tem o costume de votar e 1%, porque precisou cuidar do filho, pai ou algum parente. Outras razões somam 17%.

Apoios em Belo Horizonte

Em Belo Horizonte, onde a disputa está mais acirrada, os eleitores também se dividem quanto ao apoio do terceiro colocado Mauro Tramonte (Republicanos), que teve 15% dos votos válidos no primeiro turno e ainda não declarou adesão formalmente a ninguém.

Enquanto 44% acham que ele deveria ficar do lado do atual prefeito, Fuad Noman (PSD), outros 41% acreditam que ele deveria endossar o deputado estadual Bruno Engler (PL), candidato de Bolsonaro —seu partido, porém, deve acenar a Engler, que também deve ter ao seu lado o governador Romeu Zema (Novo).

É exatamente a mesma divisão (44% para Fuad e 41% para Engler) em relação ao eventual apoio do quarto colocado, o presidente da Câmara Municipal, Gabriel Azevedo (MDB), que também não definiu ainda se irá apoiar algum nome.

Fuad lidera a disputa do segundo turno com 48% versus 41% de Engler, segundo o instituto. Ele tem o apoio de Duda Salabert (PDT), quinta colocada no primeiro turno, e de Rogério Correia (PT), que ficou em sexto lugar —54% dos belo-horizontinos concordam com essa opção, em ambos os casos.

Nesse caso o Datafolha ouviu 910 eleitores da cidade, também com margem de erro de três pontos. A pesquisa foi registrada sob o número MG-09634/2024.

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