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Policiais penais são punidos por esquema com CV em presídio

A Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap) determinou o afastamento provisório dos policiais penais Vinícius dos Santos Cunha e Wallace Fernandes Junior, presos por facilitar a entrada de drogas e celulares na penitenciária de Bangu 3. Os beneficiados pelo esquema de contrabando eram integrantes do Comando Vermelho (CV) detidos na unidade prisional.

Cunha, que atuava como subdiretor do presídio, e Fernandes foram presos em setembro, no âmbito de uma operação deflagrada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e pela Corregedoria de Polícia Penal. A ação resultou na apreensão de 52 celulares, 3 quilos de maconha e anabolizantes, destinados a membros do CV.

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Operação do Draco e Corregedoria de Polícia Penal prendeu policiais em setembro

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Policiais penais facilitavam entrada de contrabando para o Comando Vermelho em Bangu 3

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Esquema montado por policiais penais permitia entrada de celulares e drogas em Bangu 3

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No dia das prisões, pelas câmeras de segurança de Bangu 3, agentes da corregedoria observaram uma mulher que se aproximou com quatro sacolas — o dobro do permitido. Ela furou a fila e se dirigiu a Wallace Fernandes Junior, que participava da revista. Na mesa dele, a mulher deixou duas sacolas, que foram colocadas em um carrinho por um detento que trabalhava como faxineiro.

Em seguida, Vinícius Cunha pegou as bolsas e, junto com dois sacos de lixo, levou o material para o aparelho de raio-X do presídio. O próprio subdiretor passou os quatro pacotes pelo scanner, sem informar seu conteúdo. Nesse momento, agentes da corregedoria que estavam na sala de raio-X revistaram as bolsas e encontraram os celulares e as drogas.

Cunha e Fernandes, identificados como os agentes que facilitavam a entrada do material ilegal, passaram por audiência de custódia e tiveram suas prisões em flagrante convertidas em prisões preventivas.

O afastamento provisório determinado pela Seap tem validade retroativa ao dia das prisões. Os dois respondem a processos administrativos e podem ser exonerados dos cargos.

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