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O que se sabe sobre o caso da engenheira morta por rolo compressor

A morte da engenheira Rafaela Martins de Araújo, 27 anos, atropelada por um rolo compressor enquanto trabalhava em uma obra para a Petrobras, em Macaé (RJ), na última segunda-feira (7/10), é investigada pela Polícia Civil.

De acordo com o delegado Pedro Emílio Braga, da 123ª DP (Macaé), ouvido pelo jornal O Globo, a principal hipótese para o atropelamento da engenheira seria uma falha mecânica no freio do rolo compressor. Porém, o delgado ressaltou que “precisamos, ainda, de mais elementos para definir se houve alguma negligência ou imperícia relevante”.

O condutor do maquinário, que precisou ser hospitalizado após o acidente, deverá ser ouvido nesta quarta-feira (9/10).

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O incidente

Também ao O Globo, Sérgio Borges Cordeiro, coordenador-geral do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), contou que, no momento do incidente, o equipamento se deslocava para fazer o abastecimento. A engenheira fazia o trajeto para ir trabalhar.

Ainda segundo o coordenador do sindicato, o local do acidente não tinha separação de acesso de pedestres e de máquinas, porém, Rafaela Martins estaria caminhando em uma área considerada segura e teria, inclusive, sido avisada por um batedor — que acompanha o rolo compressor em auxílio ao condutor — de que uma máquina estava a caminho.

“A rua é uma descida; por isso, a suspeita é de que a máquina perdeu o freio. Há, também, relatos de que o condutor perdeu a direção”, detalhou Sérgio.

Rafaela teria se abrigado perto de uma árvore, que foi derrubada pela máquina que, depois de atropelar a engenheira, seguiu para um barranco. A jovem chegou a ser socorrida e levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Lagomar, onde foi constatado o óbito.

O laudo do Instituto Médico Legal (IML) aponta que a vítima teve traumatismo craniano.

Quem era a engenheira

Rafaela Martins nasceu em Suzano (SP) e, em 2020, se formou em engenharia civil pela Universidade de Mogi das Cruzes. Desde então, a jovem vinha se destacando na carreira dentro da empresa MJ2 Construções, prestadora de serviços da Petrobras.

Em uma publicação feita por colegas de trabalho de Rafaela Martins, há cerca de nove meses, a mulher aparece participando do Programa Amigo do Peito Petrobras, que tem como objetivo promover a cultura de segurança e prevenção de acidentes entre as empresas prestadoras de serviços.

Na obra em questão eram feitos serviços de adequação da central de aemazenamento temporário de resíduos. A jovem engenheira era a responsável técnica da contrução.

O dizem os responsáveis

A Petrobras “comunicou os órgãos competentes e irá formar uma comissão para investigar as causas do triste ocorrido”. A empresa ainda lamentou a morte da engenheira e informou que, junto à MJ2, está dando assistência à família.

Já o Sindipetro-NF lamentou o ocorrido e prometeu auxílio aos colegas de trabalhos enlutados pela morte de Rafaela. “Estamos muito consternados pelo ocorrido, e prestamos nosso apoio à família enlutada. Ninguém sai de casa para trabalhar contando que vai perder a vida. Dedico meus profundos sentimentos de pesar aos familiares e amigos”, afirmou a diretora do Sindipetro-NF, Débora Simões.