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Energia e alimentação puxam inflação em setembro, que cresce 0,44%

Também tiveram reajustes tarifários na taxa de água e esgoto (0,08%), nas seguintes áreas: Fortaleza (1,46%), Salvador (0,36%) e Vitória (0,27%).

Outro destaque vai para o aumento do gás de botijão (2,40%).

Alimentação

No grupo de alimentação e bebidas, a alimentação no domicílio (0,56%) apresentou alta, após dois meses consecutivos de quedas. A alimentação fora do domicílio ficou em 0,34%.

Além disso, foram observados crescimento nos preços do mamão (10,34%), da laranja-pêra (10,02%), do café moído (4,02%) e do contrafilé (3,79%). Enquanto os preços da cebola (-16,95%), o tomate (-6,58%) e a batata inglesa (-6,56%) recuaram em setembro.

De acordo com Almeida, no caso das carnes, a forte estiagem e o clima seco foram os fatores que contribuíram para a queda da oferta.

“É importante lembrar que tivemos quedas observadas ao longo de quase todo o primeiro semestre de 2024, com alto número de abates. Agora, o período de entressafras está sendo intensificado pela questão climática”, analisa o gerente.

Confira o resultado, por grupos, do IPCA:

  • Habitação: 1,80%;
  • Alimentação e bebidas: 0,50%;
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,46%;
  • Vestuário: 0,18%;
  • Transportes: 0,14%;
  • Educação: 0,05%;
  • Comunicação: -0,05%;
  • Artigos de residência: -0,19%;
  • Despesas pessoais: -0,31%.

Transportes em alta

No grupo de transportes, o aumento de preços ocorreu devido à alta das passagens aéreas (4,64%). Em relação ao preço dos combustíveis (-0,02%), gasolina (-0,12%) e óleo diesel (-0,11%) caíram, enquanto o etanol (0,75%) e o gás veicular (0,03%) cresceram.

INPC tem alta de 0,48% em setembro

A inflação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,48% em setembro, 0,62 ponto percentual acima do resultado observado em agosto (-0,14%).

Nos últimos 12 meses, o INPC acumula alta de 4,09%, maior do que os 3,71% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. No acumulado do ano, a alta é de 3,29%.

O INPC é um indicador que mede a variação média dos preços de um conjunto específico de produtos e serviços consumidos pelas famílias com renda entre 1 e 5 salários mínimos mensais. O índice serve de referência para o reajuste do salário mínimo e de benefícios sociais.

O que é o IPCA?

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, refere-se às famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange 10 regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de agosto a 27 de setembro de 2024 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de julho a 29 de agosto de 2024 (base).

O próximo resultado da inflação, referente a outubro, será divulgado em 8 de novembro.

A inflação no ano para o mercado

Mais de 100 analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) aumentaram a estimativa do IPCA para este ano, segundo dados do último Relatório Focus.

A projeção para 2024 subiu de 4,37% para 4,38%.

Ou seja, a expectativa do mercado financeiro continua se distanciando do centro da meta para este ano, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) — que é de 3% com variação de 1,5 ponto percentual (para cima ou para baixo: 4,5% e 1,5%).

Com o relatório desta segunda-feira, a projeção dos analistas é que a inflação de 2024 continuará fora do centro da meta, ficando cada vez mais próxima do teto definido pelo CMN.

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