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Aliado de Lula que tentou ser vice de Paes caminha para eleger filho

André Ceciliano (PT), ex-secretário especial de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, caminha para eleger o filho, Andrezinho, prefeito de Paracambi nesta eleição de 2024. O município da Região Metropolitana do Rio de Janeiro já foi governado por Ceciliano pai entre 2001 e 2008.

Com apenas três candidatos na disputa e Andrezinho na liderança nas pesquisas de intenção de voto, o filho do aliado do presidente Lula tem grandes chances de ser eleito no próximo domingo (6/10). A cidade da Baixada Fluminense, que possui pouco mais de 50 mil habitantes, não tem segundo turno.

Ceciliano pai foi exonerado do governo em junho deste ano na tentativa de se cacifar para ser vice do prefeito do Rio e candidato à reeleição, Eduardo Paes (PSD), nome apoiado por Lula. Sem sucesso, o nome escolhido por Paes foi o do deputado estadual e ex-secretário da cidade Eduardo Cavaliere, do mesmo partido. O favorito do prefeito, porém, era o seu principal aliado na política fluminense, o deputado federal Pedro Paulo (PSD-RJ), que acabou abrindo mão da indicação quando veio à tona o caso de um vídeo íntimo que o envolvia.

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André Ceciliano e o filho, Andrezinho

Reprodução/Instagram

2 de 6Reprodução/Instagram
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Lula e André Ceciliano

Divulgação

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O ex-presidente Lula ao lado do ex-governador Geraldo Alckmin e do presidente da Assembleia Legislativa do Rio, André Ceciliano

Divulgação/PT-RJ

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O petista André Ceciliano (ao centro) preside sessão na Alerj

Octacílio Barboa/Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro

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Governador do Rio, Cláudio Castro, e André Ceciliano

Reprodução

Homônimo do pai e também petista, Andrezinho Ceciliano lidera as pesquisas com cerca de 60% das intenções de voto. O último levantamento, feito pela Real Time Big Data e divulgado na última terça-feira (1°/10), mostra Andrezinho à frente, com 62% no levantamento estimulado, quando uma lista com os nomes dos políticos é apresentada aos eleitores. A pesquisa foi encomendada pela Record.

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A principal concorrente de Andrezinho na disputa, Aline Otília, do PL, soma menos da metade do líder, com 28%. Na sequência, aparece o terceiro e último candidato, Dienis Rocha, do PMB, com 1%. Nulos e brancos somaram 4%, não souberam ou não responderam, 5%.

A atual prefeita de Paracambi, Lucimar Cristina, é do PL do ex-presidente Jair Bolsonaro e foi indicada para concorrer à prefeitura em 2020 depois que seu marido, Flávio Campos Ferreira, o Dr. Flávio, foi impedido de concorrer.

Andrezinho Ceciliano tem 26 anos e é deputado estadual em primeiro mandato, eleito em 2022. O total de recursos recebidos por ele na campanha deste ano, que soma R$ 420,2 mil, foi enviado pela direção estadual do PT.

Ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele declarou um patrimônio de quase R$ 1,3 milhão, dividido em bens (apartamento, embarcação e joias) e poupança, quotas, dinheiro em espécie e aplicações de renda fixa.

Quem é André Ceciliano

Deputado estadual por quatro mandatos, Ceciliano foi presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) entre 2019 e 2022. Nas eleições de 2022, foi o candidato do PT ao Senado pelo Rio, mas não se elegeu, sendo derrotado pelo já senador Romário (PL).

Ceciliano foi nomeado para o cargo na SRI — uma das pastas abrigadas no Palácio do Planalto, chefiada por Alexandre Padilha — em fevereiro de 2023.

Ele foi investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) em 2020, por suspeita de envolvimento no escândalo de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do estado. As investigações sobre Ceciliano foram arquivadas, depois que o MPRJ não encontrou provas contra o petista. Ele negou irregularidades e autorizou a abertura do próprio gabinete aos agentes da Polícia Federal, para que pudessem cumprir o mandado de busca e apreensão

A assessoria do ex-presidente da Alerj defendeu que o caso foi “devidamente concluído e arquivado” ao fim de dois anos de investigação. Após constatação de que não houve “qualquer transferência de recursos ou valores a funcionários do gabinete do ex-deputado para suas contas pessoais, familiares ou entre os próprios servidores”.

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