Piloto de Lula declarou urgência logo após decolagem no México

Na conversa, o piloto identifica a aeronave pelo código BRS01, pede para fazer uma curva à direita e então usa a expressão “pan-pan, pan-pan, pan-pan”. Esse código faz parte do vocabulário padronizado pela Organização da Aviação Civil Internacional e é utilizado para se referir a situações de urgência, mas nas quais não há risco para a aeronave ou para a vida dos ocupantes.

A partir do momento em que essa expressão é usada, o avião é tratado com prioridade pela torre. Essa terminologia também é frequentemente adotada nos casos em que um passageiro precisa de atendimento médico ou quando há falha em um equipamento que não comprometa o voo da aeronave.

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Após o piloto usar a expressão pan-pan, a torre perguntou se ele gostaria de pousar novamente no aeroporto na Cidade do México de onde o avião presidencial havia saído. No entanto, o condutor da aeronave respondeu que não seria possível aterrissar naquele momento e pediu para manter o avião na altitude de 13 mil pés, ao que a torre respondeu positivamente.

Depois disso, o avião presidencial ficou por quase cinco horas sobrevoando o espaço aéreo da capital mexicana até que conseguisse reduzir seu peso o suficiente para pousar em segurança. O piloto, inclusive, chegou a pedir a presença de bombeiros na pista para o atendimento de uma eventual emergência durante a aterrissagem.

No entanto, o suporte não chegou a ser necessário e a aeronave, um Airbus A319CJ, pousou na Cidade do México às 22h16 pelo horário de Brasília. Cerca de uma hora depois, o petista e sua comitiva deixaram a cidade com destino a Brasília em um avião reserva da Presidência, que pousou na capital brasileira às 10h12 desta quarta (2).

Estavam no avião presidencial, além de Lula, a primeira-dama Janja, os ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Cida Gonçalves (Mulheres), além do diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, e assessores.