Turismo

Croácia além das festas: conheça as principais cidades e o que fazer no país

Não é de hoje que a Croácia virou a queridinha quando pensamos em uma viagem para os países balcânicos. Segundo o sistema local de informações turísticas, o país recebeu 7 milhões de visitantes só no primeiro semestre deste ano.

No verão, o local é muito procurado por quem busca festas e baladas nas cidades costeiras, como Hvar e Dubrovnik, além dos tradicionais pontos turísticos. Mesmo no outono, com temperaturas amenas que variam entre 17º e 25°, o lugar pode ser explorado por quem quer curtir as férias no velho continente.

Mas se engana quem pensa que a região é só para experimentar a agitação noturna. Apesar de alguns turistas procurarem o país para isso, cidades como Zagreb, Zadar e Split oferecem um roteiro um pouco mais tranquilo e com muita história, museus, cafés e igrejas.

A vantagem de viajar para esses locais nessa época é que eles não estão mais lotados de turistas, e os preços (mesmo com o euro nas alturas) estão um pouco mais em conta, se compararmos com os da alta temporada, que vai do fim de junho a começo de setembro.

Zagreb mistura o novo e o antigo

Zagreb é a maior cidade da Croácia, além de ser sua capital. O local mistura monumentos antigos, que remetem à época do Império Austro-Húngaro, com os mais modernos, que podem sediar galerias, bares, cafés e restaurantes. Ao chegar, o turista pode optar por sair do aeroporto com um ônibus que funciona bem e o deixa no centro ou nas imediações —o trajeto dura, em média, 30 minutos.

Como a região não é tão grande, é possível conhecê-la caminhando ou usando o transporte público por meio dos trams (semelhantes a bondes), ônibus e funiculares.

A cidade é dividida entre a parte alta e a parte baixa. Na primeira (Gornji Grad) se concentra o núcleo histórico de Zagreb, com construções preservadas que remontam a séculos de história. A Igreja de São Marcos, a Praça Kaptol e outros marcos culturais ficam ali.

A cidade baixa (Donji Grad) representa a face moderna da capital com amplo comércio, museus e hotéis. A praça principal é ponto de encontro, e o Mercado Dolac, um dos símbolos do local, também se localiza nesta área. Caso tenha três dias no local, comece fazendo um free walking tour, tradicional em vários lugares do mundo, no qual não se paga nada pelo passeio, a não ser uma gorjeta no final para o guia.


Depois de saber mais ou menos onde são os pontos turísticos e estar situado na capital, não deixe de explorar a praça Josipa Jelačić,Torre Lotrščak, a igreja de São Marcos e o Museu das Relações Rompidas. Neste último, há uma coleção de itens pessoais e depoimentos que contam o fim de relacionamentos, que envolvem histórias trágicas, engraçadas e emocionantes.

Se gostar de parques, a cidade tem um jardim botânico que está localizado na parte central. Ele faz parte de uma universidade, e a entrada custa 2 euros.

Existe também a rua dos pedestres, chamada de rua Tkalčićeva. O local concentra muitos cafés, bares e restaurantes com um ar mais descolado. Vale conhecer um bairro diferente à noite, tomando uma cerveja ou um drinque. Ele fica na parte alta de Zagreb.

Zadar é um canto praiano cheio de ruelas

Saindo de Zagreb, é possível ir à cidade de Zadar de carro, barco, ônibus e até de avião, já que, mesmo sendo pequena, a região tem aeroporto. Essa é uma das áreas que ligam a capital à parte litorânea do país. Para conhecer bem o local, o ideal é se hospedar na cidade velha, que oferece preços mais competitivos e, ainda assim, boas acomodações.

Só nesse território, o turista pode desfrutar de quase um museu a céu aberto, com ruínas romanas, muralhas e igrejas. A vantagem é que, por ser pequena, pode ser desbravada em dois dias. Além disso, dá para fazer praticamente todas as atividades a pé.

A entrada do visitante é marcada pelas muralhas, reconhecidas como Patrimônio Mundial pela Unesco. Esses monumentos permitiram que Zadar mantivesse sua independência por séculos.

A visita ao local começa por um dos portões venezianos das muralhas, sendo o Portão Novo o principal acesso ao centro histórico.

O turista pode conhecer ainda o Museu do Vidro Antigo, no Palácio Cosmacendi, que exibe peças que datam da época romana.

Vale incluir no roteiro ainda a piazza del Popolo, ou praça do povo, considerada o centro da vida pública de Zadar desde a Idade Média. Atualmente, abriga a prefeitura e a torre do relógio. A partir dali, é possível explorar toda a área velha. Para finalizar o dia, não deixe de apreciar um pôr do sol e outras duas atrações bem famosas na região: na ponta noroeste da península, o Órgão do Mar, cria uma melodia com o movimento das ondas; e a Saudação ao Sol, que usa energia solar para criar um show de luzes ao anoitecer.

Dá ainda para desfrutar de um bom jantar ou beber um drinque nos restaurantes espalhados pela cidade. Os preços variam de 10 a 20 euros, e os pratos mais tradicionais são massas e frutos do mar.

Split tem mar e calmaria

Para visitar Split, outro bom destino na Croácia, você não enfrentará dificuldade. A região pode ser acessada por ônibus, saindo de Zadar ou até de avião. O trajeto do aeroporto para o centro leva, em média, uma hora.

A cidade é bem pequena e é possível conhecer os principais pontos turísticos em três dias, caso não queira fazer excursões de barco.

Ela tem preços mais em conta, se comparada com Hvar, que é cercada por beach clubs e conhecida pelas baladas. Além disso, é um pouco mais conservadora, tendo como público majoritário casais, famílias e menos pessoas jovens.

Ao chegar a essa cidade litorânea, o turista pode desfrutar de bons restaurantes, pontos turísticos que remetem à Antiguidade, além de passeios de barcos para ilhas mais vazias. Há ainda a opção de conhecer as praias no entorno, que não são tão longe do centro e ainda oferecem água azul e cristalina em dias de Sol.

Ao chegar a Split, o visitante pode começar pelo Palácio de Diocleciano, construído entre os anos de 293 e 305 d.C., considerado um marco da história romana. Erguido como refúgio para o imperador após sua abdicação, o palácio se tornou o coração da cidade, atraindo pessoas por séculos.

Se a vontade for só andar pelas ruas, o ideal é explorar o calçadão, conhecido como Riva, repleto de restaurantes e bares.

Uma das curiosidades é que quase todos os estabelecimentos de comida em Split não permitem dividir a conta. Ou seja, se você estiver em duas ou mais pessoas, somente um conseguirá pagar. Os preços dos pratos variam de 12 a 20 euros.

É possível explorar ainda as praias próximas do centro: Bačvice e Uvala Kašjuni. A primeira é a mais acessível de Split, a poucos passos do centro. A maioria das pessoas toma sol no concreto, e a faixa de areia é pequena. A água é cristalina, mas as ilhas próximas oferecem praias ainda mais atraentes.

Já Uvala Kašjuni, a 40 minutos de caminhada do centro, é uma praia mais autêntica, frequentada por locais. Ideal para quem busca um ambiente menos turístico.

Há ainda a opção de fazer passeios de barco para praias ou ilhas mais afastadas. Geralmente, dura o dia todo ou meio período e custa, em média, de 30 a 60 euros.

Vale lembrar que Split é conhecida por ser uma cidade litorânea que combina muito com temperaturas amenas. Geralmente, os passeios e atrações no local param de funcionar no fim de outubro, quando a temperatura cai bastante, e só voltam a partir de maio.

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